…Quartel General da Região Militar de Moçambique, onde prestei serviço como operador de Rádio Localização, durante o tempo que estive em Lourenço Marques, no 25 de Janeiro de 1969 a 27 de Abril de 1970! (… Headquarters of the Military Region of Mozambique, where I served as a radio operator Location, during the time I was in Lourenço Marques, (January 25, 1969 to April 27, 1970)!.
…vinte e um dias a navegar dentro de um barco, a que chamavam de “Paquete Niassa” que, saindo do cais de Alcântara a 4 de janeiro de 1969, seguiu a Rota traçada pelo grande navegador português Bartolomeu Dias no ano de 1488, aquando da tentativa para descobrir o caminho marítimo para a India, entra nas águas da Baía do Espirito Santo e, atraca finalmente no cais da cidade de Lourenço Marque a 25 de janeiro de 1969, cidade onde viria a permanecer durante 457 dias, dos 865 dias de comissão em Moçambique. Somente desembarcavam os militares que vinham destinados às unidades de Lourenço Marques que, normalmente era pessoal para rendição individual. (…) No Cais, viaturas e pessoal militar aguardavam pela nossa chegada, onde alguém chamava pelo nosso número mecanográfico, procurando localizar-nos no meio daquela confusão, para sermos levados até à unidade que nos estava destinada, sendo eu colocado na CCS (Companhia de Comandos e Serviços) na Ponta Vermelha, Unidade destinada a receber todo o pessoal que prestava serviço no Quartel General. Era na altura Governador de Moçambique, Baltazar Rebelo de Sousa, pai do actual Presidente da Républica Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, seu filho mais velho)!
(…twenty-one days sailing in a boat, what they called “Paquete Niassa” which, leaving the quay of Alcântara on January 4, 1969, followed the Route traced by the great Portuguese navigator Bartolomeu Dias in 1488, when the attempt to discover the sea route to India, enters the waters of the Bay of Espirito Santo and, at last docks at the pier of the city of Lourenço Marque on January 25, 1969, city where it would stay for 457 days, of the 865 days of commission in Mozambique. Only the soldiers who came to the Lourenço Marques units, who were normally personal for individual surrender, disembarked. (…) At the Wharf, vehicles and military personnel waited for our arrival, where someone called for our mechanographic number, trying to locate us in the middle of that confusion, to be taken to the unit that was destined for us, and I was placed in the CCS (Company of Commands and Services) at Ponta Vermelha, a unit destined to receive all the personnel that provided service at the Headquarters. He was Governor of Mozambique at the time, Baltazar Rebelo de Sousa, father of the current President of the Portuguese Republic, Marcelo Rebelo de Sousa, his eldest son)!
…neste pequeno extrato retirado de um antigo mapa da cidade de Lourenço Marques, mais concretamente da zona de Ponta Vermelha, assinalado a vermelho à direita, mostra o local onde se localizava o Quartel General da Região Militar de Moçambique, onde prestei serviço durante 457 dias — um pouco ao lado esquerdo, existia o palácio do Governador Geral de Moçambique — a outra marca que refere como Quartel de Artilharia, era o local onde estava instalada a CCS Companhia de Comandos e Serviços, a que eu estava adido — os dois círculos assinalados a vermelho, referem-se às casas particulares onde estive hospedado, a primeira foi a da D. Justina na Av. António Enes Nº368, a segunda e última, até ser transferido para Mueda-Cabo Delgado, foi a da Avozinha Alzira na Rua dos Aviadores Nº 244 (até parece que foi ontem, e já lá vão 52 anos)!. (…In this small extract taken from an old map of the city of Lourenço Marques, more specifically in the Ponta Vermelha area, marked in red on the right, it shows the place where the Headquarters of the Military Region of Mozambique was located, where I served for 457 days – a little to the left, there was the palace of the Governor General of Mozambique – the other brand that he refers to as Artillery Barracks, was the place where the CCS (Command and Service Company) was installed, to which I was attached – the two circles marked in red, they refer to the private houses where I was staying, the first was that of D. Justina at Av. António Enes Nº368, the second and last, until being transferred to Mueda-Cabo Delgado, was that of Grandma Alzira on Rua dos Aviators Nº 244 (it looks like it was yesterday, and it’s been 52 years)!
…as instalações onde instalaram o Quartel da CCS na Ponta Vermelha, instalações construídas em madeira, assentes em terra batida, que fizeram parte dos antigos estaleiros/armazéns dos Caminhos de Ferro de Moçambique, era classificado como Quartel de 2ª, como tal, não tinha condições para acomodar o pessoal especializado que prestava serviço no Quartel General, daí, era-nos facultado o chamado “desarranchar” que, logo que o pedido fosse deferido e saísse à ordem, procurava-se estadia fora do Quartel onde entendêssemos e, ao fim do mês, dirigíamo-nos à secretaria da unidade, para receber a verba inerente à situação de desarranchado(+- 1.200$00 mensais)!. (…the facilities where they installed the CCS Headquarters in Ponta Vermelha, facilities built in wood, based on dirt, which were part of the old yards / warehouses of the Mozambique Railways, was classified as 2nd Barracks, as such, it did not have conditions to accommodate the specialized personnel that provided service at the Headquarters, from there, we were given the so-called “unseat” that, as soon as the request was granted and left to order, we tried to stay outside the Headquarters where we understood and, at the end of the month, we went to the unit’s secretary, to receive the money inherent to the situation of derangement (+ – 1.200 $ 00 monthly)!.
Vista aérea de uma parte da Polana — a Rua com as árvores pintadas de verde era Rua dos Aviadores onde eu estive hospedado, na casa da avozinha Alzira Nº244 — um pouco acima tínhamos a Praça das Descobertas, com o Liceu Salazar e o Museu Álvaro de Castro. (Arial view of part of Polana – the street with the trees painted green was Aviators Street where I was staying, at the house of grandmother Alzira Nº244 – a little above we had the Discoveries Square, Salazar High School and the Alvaro de Castro Museum).
…Olha lá menino! Tu sabes quando é o Dia de São Silvestre? Eram coisas que pessoas com idade para serem nossos pais, com quem lidávamos no dia-a-dia, usavam para brincar connosco, no entanto, sem se aperceberem, estavam a ensinar-nos coisas que desconhecíamos, que não sabíamos, eles funcionavam para nós como se fossem professores, eram pessoas formadas na escola da vida, escola que alguém teve a ideia de batizar por “Universidade da Vida”! Como não sabíamos, respondíamos que não, que não sabíamos, e eles lá nos diziam…é hoje! hoje é dia de São Silvestre, e também é hoje, o último dia do ano em que se cortam as Silvas! e nós, rapazinhos que estávamos a começar a querer dar os primeiros passos na longa (?) caminhada da vida, na escola que nos iria formar, anotávamos na sebenta, o que com eles íamos aprendendo, para que um dia também nós, formados na “Universidade da Vida”, o possamos transmitir às novas gerações, como eles nos transmitiram a nós!. (…Look there boy! You know when St. Silvestre’s Day is? They were things that people of age to be our parents, who we dealt with on a daily basis, used to play with us, however, without realizing it, they were teaching us things we didn’t know, that we didn’t know, they worked for us as if they were teachers, they were people trained in the school of life, a school that someone had the idea of naming “University of Life”! As we didn’t know, we answered that we didn’t, that we didn’t know, and they told us… it’s today! today is São Silvestre day, and today is also the last day of the year when the Silvas are cut! and we, boys who were starting to want to take the first steps on the long (?) walk of life, at the school that was going to form us, we wrote down in the book, what we were learning with them, so that one day we too, trained in “University of Life”, we can pass it on to the new generations, as they passed it on to us)!.
…31 de Dezembro, dia de São Silvestre, último dia do ano de acordo com o Calendário Gregoriano, dia em que é celebrado, o dia do falecimento do Santo São Silvestre. (…) São Silvestre foi o 33º Papa, esteve à frente da Igreja Católica durante o período de 31 de Janeiro de 314 a 31 de Dezembro de 335, dia em que faleceu. (…) A Igreja católica celebra o dia do seu falecimento, 31 de Dezembro, em vez de festejar, celebrar, o dia do seu nascimento, como por tradição todos nós fazemos, será que é por se desconhecer o dia do seu nascimento (?), somente se sabe que deve ter nascido em Roma no ano 270 (?), não há muita informação sobre isso, só se sabe que seu pai se chamava Rufino. (…) São Silvestre I, que sucedeu ao Papa São Melquíades, foi pontífice durante 21 anos, sendo um dos primeiros Papas a ser canonizado!
(…December 31st, St. Silvestre’s Day, the last day of the year according to the Gregorian Calendar, the day on which the Saint São Silvestre’s death is celebrated. (…) São Silvestre was the 33rd Pope, he was at the head of the Catholic Church during the period from January 31, 314 to December 31, 335, the day on which he died. (…) The Catholic Church celebrates the day of his death, December 31, instead of celebrating, celebrating, the day of his birth, as by tradition we all do, is it because the day of his birth is unknown (?), it is only known that he must have been born in Rome in the year 270 (?), there is not much information about that, it is only known that his father was called Rufino. (…) São Silvestre I, who succeeded Pope São Melquíades, was pontiff for 21 years, being one of the first Popes to be canonized)!
…”Sabes qual é o dia de São Silvestre”? mais de seis décadas já passaram, quando me faziam perguntas deste género…, no entanto, muitas outras existiam, estou-me a lembrar de uma outra que eles, os formados na “Universidade da Vida”, nos faziam; “Olha lá menino! qual é o último dia do ano em que se cortam Silvas”? como não sabíamos, eles lá nos diziam, é no dia de “São Silvestre”. (…) naqueles tempos ainda não existia Televisão em Portugal, esse fenómeno de “caixinha mágica”, com vários Canais cheios de informação e programações didáticas, onde novos e velhos muito aprendem (se o quiserem fazer). Apareceu no Café da minha aldeia, no ano de 1957, também uma “caixinha mágica, mas, pobre em programações e sujeitas a censura pelo Estado Novo (coisas doutros tempos). Telefones; existia um numa cabine pública. Automóveis? isso era coisa para gente fina…a bicicleta era o meio de deslocação mais utilizado, daí, estas constantes perguntas que os mais idosos nos faziam, era como se estivéssemos na escola, eram bem vindas, e não estavam sujeitas a censuras… sem nos apercebermos, elas, as perguntas, estavam a preparar-nos para a grande caminhada da Vida. (…) Peguei numa dessas perguntas, usando-a para tema principal do cabeçalho deste artigo/publicação, só que, o São Silvestre começou a puxar por mim, levando-me até às suas corridas, as corridas da última noite do ano, as corridas a quem deu o seu nome, “Corrida de São Silvestre” levando-me a falar um pouco sobre esse grande evento internacional, iniciado na cidade Brasileira de São Paulo, no ano de 1925!
(…”Do you know what São Silvestre’s day is? more than six decades have passed, when they asked me questions of this kind …, however, many others existed, I am remembering another one that they, those trained at the “University of Life”, asked us; “Look there, boy! what is the last day of the year that Silvas is cut ”? as we didn’t know, they told us there, it’s on “São Silvestre” day. (…) At that time there was still no television in Portugal, that phenomenon of “magic box”, with several channels full of information and didactic programs, where young and old learn a lot (if they want to do it). In the Café of my village, in 1957, there was also a “magic box, but poor in programming and subject to censorship by the Estado Novo (things from other times). Telephones: there was one in a public booth. Cars? that was something for fine people … the bicycle was the most used means of travel, so, these constant questions that the elderly asked us, it was as if we were at school, they were welcome, and they were not subject to censorship. … without realizing it, they, the questions, were preparing us for the great journey of Life. (…) I took one of those questions that were asked of me, using it as the main theme of the header of this article / publication, only that São Silvestre started pulling me, taking me to his races, last night’s races of the year, the races to whom he gave his name, “Corrida de São Silvestre” leading me to talk a little about this great international event, started in the Brazilian city of São Paulo, in the year 1925)!
…A “Corrida de São Silvestre” é uma prova de atletismo criada na cidade Brasileira de S. Paulo, por iniciativa do jornalista Cásper Líbero no ano de 1925, evento que teve a sua primeira edição no dia 31 de dezembro de 1925, recebendo o nome do Santo festejado nesse dia, “S. Silvestre”. (…) Inicialmente só participavam atletas Brasileiros, no entanto, com o passar dos anos, atletas de todos os cantos do Mundo, aos poucos começaram a inscrever-se e a participar na Corrida/Maratona de São Silvestre de S. Paulo, dando em simultâneo o seu contributo, para que a Corrida/Maratona Internacional de S. Silvestre de S. Paulo, passasse a ser uma das grandes Maratonas de todo o Mundo, evento que começou a ser uma tradição no encerramento do ano, não só no Brasil, mas também em outras cidades espalhadas pelos quatro cantos do Mundo. (…) A Corrida/Maratona de São Silvestre em S. Paulo, é uma corrida aberta a homens e mulheres, a nossa atleta Rosa Mota, até aos dias de hoje, é a recordista de títulos femininos, com seis vitórias seguidas, nos anos de 1981, 1982, 1983, 1984, 1985 e 1986!
Atleta Rosa Maria Correia dos Santos Mota – “Rosa Mota”
(…The “Corrida de São Silvestre” is an athletics event created in the Brazilian city of S. Paulo, on the initiative of journalist Cásper Líbero in 1925, an event that had its first edition on December 31, 1925, receiving the name of the saint celebrated on that day, “S. Wild”. (…) Initially only Brazilian athletes participated, however, over the years, athletes from all corners of the world, gradually began to register and participate in the São Silvestre de São Paulo Race / Marathon, simultaneously giving its contribution, so that the S. Silvestre de S. Paulo International Race / Marathon, became one of the great Marathons of the whole World, an event that started to be a tradition at the end of the year, not only in the Brazil, but also in other cities spread across the four corners of the world. (…) The São Silvestre Race / Marathon in S. Paulo is a race open to men and women, our athlete Rosa Mota, until today, is the record holder of women’s titles, with six consecutive victories in the years 1981, 1982, 1983, 1984, 1985 and 1986)!
…”Sabes qual é o último dia do ano em que se cortam Silvas”? Eu sei! é no dia de “São Silvestre”
P.S. (Este bocadinho de história, que faz parte do “Teatro da Minha Vida”, onde falo sobre episódios vividos, aquando da minha comissão, ao serviço do exército Português em Moçambique, não tem a intensão em ofender o povo Moçambicano, as suas crenças e políticas seguidas, no entanto, como tudo foi passado anterior à independência (25 de Junho de 1975), irei usar as toponímias que conheci até então)!(P.S. (This little bit of history, which is part of the “Theater of my life”, where I talk about episodes lived, at the time of my commission, at the service of the Portuguese army in Mozambique, does not intend to offend the Mozambican people, their beliefs and policies followed, however, as everything happened before independence (June 25, 1975), I will use the toponymy I have known so far)!
Praça “Mouzinho de Albuquerque” (Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque) Lourenço Marques – Moçambique
…antes de falar sobre o meu Natal e a Missa do Galo, na noite de 24 para 25 de Dezembro de 1969, em Lourenço Marques-Moçambique, achei por bem, falar um pouco sobre a Catedral de Lourenço Marques “Igreja de Nossa Senhora da Conceição”, Igreja/Catedral, que ficou associada à história da minha passagem por Terras de Moçambique! (…Before talking about my Christmas and the Mass of the Rooster, on the night of the 24th to the 25th of December 1969, in Lourenço Marques-Mozambique, I thought it best to talk a little about the Cathedral of Lourenço Marques “Church of Nossa Senhora da Conceição”, Church / Cathedral, which was associated with the story of my visit to the Lands of Mozambique)!
…a 15 de Julho de 1944, o Cardeal Patriarca de Lisboa Dom Manuel Gonçalves Cerejeira, embarcou no paquete “Serpa Pinto”, o melhor Navio da “Companhia Colonial de Navegação-CCN”com destino a Moçambique, para ir inaugurar com pompa e circunstância, a 15 de Julho de 1944, a nova Igreja de Nossa Senhora da Conceição “Catedral de Lourenço Marques”! (…On July 15, 1944, Cardinal Patriarch of Lisbon Dom Manuel Gonçalves Cerejeira, embarked on the “Serpa Pinto”, the best ship of the “Companhia Colonial de Navegação-CCN” bound for Mozambique, to go inaugurate with pomp and circumstance, on July 15, 1944, the new Church of Nossa Senhora da Conceição “Catedral of Lourenço Marques”!
…Para acomodar condignamente sua Ex.ª o Cardeal Cerejeira, a Companhia Colonial de Navegação CCN, proprietária do paquete “Serpa Pinto”, foi obrigada a proceder a algumas dispendiosas alterações em alguns camarotes, adaptando-os a “Sala do Trono”, “Quarto de Cama”, “Sala de Jantar” e “Escritório/Biblioteca)”, conforme algumas fotos que junto. Outros camarotes houve, que também sofreram alterações, para poderem instalar a comitiva que acompanhava sua Exª Dom Manuel Gonçalves Cerejeira!. (…To suitably accommodate its former Cardinal Cerejeira, the Companhia Colonial de Navegação CCN, owner of the “Serpa Pinto” package, was forced to make some expensive changes in some cabins, adapting them to the “Sala do Trono”, “ Bed Room ”,“ Dining Room ”and“ Office / Library) ”, according to some pictures that I put together. Others, who also underwent changes, in order to install the entourage that accompanied their former Dom Manuel Gonçalves Cerejeira)!.
…vou recuar um pouco no tempo, para melhor se perceber os meandros que levaram à construção da majestosa “Catedral de Lourenço Marques – Igreja de Nossa Senhora da Conceição”, sem aprofundar em demasia toda a envolvência. (…) António de Oliveira Salazar, católico ferrenho, então Ministro das Finanças do governo de Óscar Carmona, com a ajuda do seu amigo Padre Cerejeira, na altura nomeado Cardeal de Lisboa, toma o poder em 1928, iniciando o processo de construção do Estado Novo que, associando-se à Igreja, assina vários acordos com a Santa Sé, (Concordata) nascendo com esses acordos, a ideia de se construir uma nova igreja em Lourenço Marques, para mostrar ao Mundo, a soberania portuguesa sobre aquelas Terras, fortalecendo simultaneamente, as instituições católicas em Moçambique. A primeira pedra da futura Sé Catedral, é finalmente lançada a 28 de Junho de 1936!.(…I will go back a little in time, to better understand the intricacies that led to the construction of the imposing “Cathedral of Lourenço Marques – Church of Nossa Senhora da Conceição”, without deepening all the surroundings. (…) António de Oliveira Salazar, a staunch Catholic, then Minister of Finance of the government of Óscar Carmona, with the help of his friend Padre Cerejeira, at the time named Cardinal of Lisbon, took power in 1928, starting the process of building the State New that, associated with the Church, signs several agreements with the Holy See, (Concordat) born with these agreements, the idea of building a new church in Lourenço Marques, to show the World, the Portuguese soberania over those lands and, simultaneously, strengthening Catholic institutions in Mozambique. The first stone of the future Cathedral, is finally laid on June 28, 1936)!
Praça “Mouzinho de Albuquerque” (Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque)
…A construção da nova Igreja de Nossa Senhora da Conceição “Catedral de Lourenço Marques”, (digo nova, porque existia uma outra mais antiga e de menores dimensões), símbolo da presença católica em Moçambique, passou por muitas dificuldades financeiras até à conclusão das obras, o que só viria a acontecer, oito anos depois do lançamento da primeira pedra (28 de Junho de 1936 – 15 de Julho de 1944), tendo-se para o efeito, recorrido na altura, a poderes locais e, essencialmente ao trabalho “Escravo Nativo”, o que deixou a Igreja católica e o colonialismo Português, muito mal na fotografia! (…) Depois da Independência, (25 de Junho de 1975), alguém sugeriu, que fosse colocada uma placa nas paredes da Catedral, homenageando os Escravos Nativos que, com o seu trabalho forçado, contribuíram para a sua construção!. (…The construction of the new Church of Nossa Senhora da Conceição “Catedral de Lourenço Marques”, (I say new, because there was an older and smaller one), symbol of the Catholic presence in Mozambique, went through many financial difficulties until the conclusion of the works, which would only happen, eight years after the laying of the first stone (June 28, 1936 – July 15, 1944), using local powers and, essentially, work “Native slave”, which was a shame for the Catholic Church and Portuguese colonialism was also very bad in photography! (…) After Independence, (25 June 1975), someone suggested that a plaque be placed on the walls of the Cathedral, honoring the Native Slaves who, with their forced labor, contributed to its construction)!.
Interior da Catedral de Lourenço Marques
…Catedral de Lourenço Marques “Nossa Senhora da Conceição” — Maria, Mãe de Jesus Cristo e mulher de José, carpinteiro de profissão. “Conceição” segunda a crença Cristã, deriva pelo facto de Maria ter concebido Jesus Cristo, sem ter tido relações sexuais, (o perpétuo “pecado” original), contribuindo para o estatuto de filho de Deus. (…) Foi nesta imponente Catedral de Lourenço Marques, localizada na outrora Praça Mouzinho de Albuquerque , onde na noite de 24 para 25 de Dezembro de 1969, “Noite de Natal”, assisti à Missa do Galo, com o pensamento nos meus entes queridos, esposa, filhos, pais, e todos os demais, que contra a vontade, fui obrigado a deixar para trás! (…) Depois da Ceia de Natal, na companhia de amigos que como eu, prestavam serviço no Quartel General em Lourenço Marques, todos nós hospedados na casa de uma senhora a quem tratávamos por Avozinha Alzira, uma senhora já idosa, viúva, que para ter alguma companhia e convívio, alugava algumas das divisões da sua casa, não só a militares (eramos uns 5 ou 6), mas também a civis, nessa altura estavam somente dois, a moça que se vê ao lado direito da avozinha Alzira, e um rapaz Lisboeta cortador de carnes, (a foto dá ideia de que eu estou a conversar com ele), que está de camisa branca, foi só depois de terminar-mos a Ceia, que me dirigi à Catedral para assistir à Missa do Galo!.
(…Lourenço Marques Cathedral “Nossa Senhora da Conceição” – Mary, Mother of Jesus Christ and wife of José, carpenter by profession. “Conception” according to Christian belief, derives from the fact that Mary conceived Jesus Christ, without having sexual relations, (the original perpetual “sin”), contributing to the status of son of God. (…) It was in this imposing Cathedral of Lourenço Marques, located in the former Praça Mouzinho de Albuquerque, where on the night of the 24th to the 25th of December 1969, “Christmas Eve”, I attended the Mass of the Rooster (Missa do Galo), thinking about my loved ones , wife, children, parents, and everyone else, that against my will, I was forced to leave behind! (…) After Christmas dinner, in the company of friends who, like me, worked at the Headquarters in Lourenço Marques, all of us were staying at the home of a lady whom we treated as Granny Alzira (Avozinha Alzira), an elderly woman, a widow, that in order to have some company and socializing, he rented some of the rooms in his house, not only to the military (we were about 5 or 6), but also to civilians, at that time there were only two, the girl who sees herself on the right side of her grandmother Alzira , and a Lisbon-born meat-cutting boy, (the photo gives the impression that I’m talking to him), who is wearing a white shirt, it was only after we finished supper, that I went to the Cathedral to attend the Mass of the Rooster (Missa do Galo) !.
…com o postal de “Boas Festas” que, há 51 anos enviei a desejar um Feliz Natal à minha esposa, dou por terminada a história que queria contar, sobre a “Missa do Galo” da noite de Natal de 1969, que passei na companhia da Avozinha Alzira e amigos em Lourenço Marques. (…) Que mais poderei contar sobre uma tradicional Ceia de Natal, onde não faltou o fiel amigo que, como eu, foi importado da Metrópole, acompanhado duns grelos e umas batatas, vindas dos férteis campos agrícolas do Limpopo, (celeiro de Lourenço Marques), seguida de uma ida à Igreja de Nossa Senhora da Conceição “Catedral de Lourenço Marques” assistir à Missa do Galo, com o coração apertado, e o pensamento na esposa, filhos, pais e restante família, que fui obrigado a abandonar na aldeia que me viu nascer e crescer?! — Há quem diga que “recordar é viver”, no entanto, eu não penso do mesmo modo, visto que existem coisas, episódio por que passamos ao longo da vida, em que, ao recordá-los “não é viver”! recordá-los“faz-nos doer a Alma”!. (…With the “Happy Holidays” postcard that, 51 years ago, I sent my wife a Merry Christmas, I conclude the story, which I wanted to tell about the “Missa do Galo” (Mass of the Rooster) on Christmas Eve 1969, which I spent at company of Avozinha Alzira and friends in Lourenço Marques. (…) What else can I tell you about a traditional Christmas Supper, where there was no lack of faithful friend who, like me, was imported from the Metropolis, accompanied by greens and some potatoes, coming from the fertile agricultural fields of Limpopo, (granary of Lourenço Marques), followed by a trip to the Church of Nossa Senhora da Conceição “Catedral de Lourenço Marques” to attend the Missa do Galo (Mass of the Rooster) with a deep heart and the thought of his wife, children, parents and other family, which I was forced to abandon in the village who saw me born and grow up ?! – There are those who say that “remembering is living”, however, there are things, episodes, why we go through life that, remembering them is “not living“! remembering them “makes the soul hurt”)!…
…Depois de andar aos trambolhões por Leiria, Porto, e por fim na Trafaria, duas semanas antes do fim do ano (1968), como se estava a aproximar a quadra Natalícia, alguém se lembrou de mim e, como presente de Natal, ofereceram-me uma viagem só de ida para África, (como não sabiam se eu regressava, para que raio iam gastar dinheiro na viagem de regresso)? sendo obrigado a deixar entregue ao cuidado dos pais, a minha esposa e uma filhinha com seis meses, enfiado no Paquete“Niassa”, lá foi o Pedro para África — Lourenço Marques-Moçambique!. (…After walking around Leiria, Porto, and finally in Trafaria, two weeks before the end of the year (1968), as the Christmas season was approaching, someone remembered me and, as a Christmas gift, they offered me a one-way trip to Africa, (how did they not know if I was going back, what the hell were they going to spend money on the return trip)? being obliged to leave my wife and a six-month-old daughter to the care of her parents, tucked in the “Niassa” package, Pedro went to Africa – Lourenço Marques-Mozambique)!.
…estávamos no primeiro sábado do ano, 4 de janeiro de 1969, quando por volta das 12 horas, ao som das marchas da (extinta) Banda de Caçadores nº5, sons que eram abafados pelos gritos das mães, esposas, familiares e amigos, dos dois mil e duzentos militares a bordo do “Niassa”, que aguardava ordens para se fazer ao mar, que quiseram estar presentes no Cais de Alcântara em Lisboa, para abraçar, para se despedirem do seu querido filho, do seu marido, do amigo que partia para a Guerra , sem adivinharem que aquele adeus, para muitos seria um adeus final, o seu último adeus)!. (…It was the first Saturday of the year, January 4, 1969, when around 12 o’clock, at the sound of the marches of the (extinct) Banda de Caçadores nº5, sounds that were drowned out by the cries of mothers, wives, family and friends, of two thousand and two hundred soldiers aboard the “Niassa”, who was waiting for orders to go to the sea, wanted to be present at the Alcântara Wharf in Lisbon, to embrace, to say goodbye to their beloved son, her husband, the departing friend for the War, without guessing that that goodbye, for many would be a final goodbye, their last goodbye!).
…há pouco mais de 523 anos, D. Manuel I nomeou o Capitão Vasco da Gama, para comandar a Armada que tinha como missão, descobrir o caminho marítimo até à India, armada que era composta por quatro Naus: São Gabriel, comandada por Vasco da Gama, tendo como Escrivão Diogo Dias — São Rafael, pelo seu irmão Paulo da Gama — Bérrio, comandada por Nicolau Coelho, e uma outra Nau de apoio logístico, comandada por Gonçalo Nunes, expedição que zarpou do Cais das Colunas no Terreiro do Paço, no sábado dia 8 de Julho de 1497, regressando a Portugal passados dois anos, a 12 de Julho de 1499. Apenas a Nau São Rafael não regressou, devido ao reduzido número de tripulação que, devido à morte de mais de metade dos homens causadas por doenças, dificultava o manobrar da Nau, o que levou a que a Nau São Rafael fosse queimada!.
(…just over 523 years ago, D. Manuel I appointed Captain Vasco da Gama, to command the Navy that had the mission, to discover the sea route to India, armed with four ships: São Gabriel, commanded by Vasco da Gama, with Diogo Dias – São Rafael, as Registrar, by his brother Paulo da Gama – Bérrio, commanded by Nicolau Coelho, and another logistical support ship, commanded by Gonçalo Nunes, an expedition that left the Cais das Colunas in Terreiro do Paço , on Saturday 8 July 1497, returning to Portugal after two years, on 12 July 1499. Only the Nau São Rafael did not return, due to the reduced number of crew that, due to the death of more than half of the men caused due to diseases, it made it difficult to maneuver the Nau, which led to the Nau São Rafael being burned)!.
…o comandante da armada capitão Vasco da Gama, faz-se ao mar com a missão de descobrir o caminho marítimo para a India, seguindo a Rota estabelecida por outro também navegador português, Bartolomeu Dias que, no ano de 1488 dobrou pela primeira vez, o extremo meridional do continente africano, o Cabo das Agulhas, fazendo a ligação do oceano Atlântico ao oceano Indico, proeza extraordinária que ficou na história dos descobrimentos, por ser o primeiro navegado Europeu a dobrar o Cabo das Agulhas. (…) as violentas tempestades que tiveram de enfrentar durante dias para o dobrarem, levou Bartolomeu Dias a pôr-lhe o nome de “Cabo das Tormentas”. O cansaço, a exaustão causada pelas tempestades que tiveram de enfrentar para dobrar o Cabo, levou a tripulação a revoltar-se, obrigando Bartolomeu Dias a regressar a Portugal, caso contrário, possivelmente Bartolomeu Dias teria chegado à India. (…) quando regressou a Lisboa e deu a notícia ao Rei D. João II, narrando a epopeia da sua viagem, acontecimento que abria a porta ao tão desejado caminho para oriente (India), com a notícia, D. João II mudou-lhe o nome para Cabo da Boa Esperança!. (…The commander of the armada captain Vasco da Gama, takes to the sea with the mission of discovering the sea route to India, following the Route established by another Portuguese navigator, Bartolomeu Dias, who, in 1488, doubled for the first time, the southernmost tip of the African continent, Cabo das Agulhas, connecting the Atlantic Ocean to the Indian Ocean, an extraordinary feat that remained in the history of the discoveries, as it was the first European sailor to double the Cabo das Agulhas. (…) The violent storms that had to face for days to double it, led Bartolomeu Dias to call it “Cabo das Tormentas”. The tiredness, the exhaustion caused by the storms they had to face to turn the Cape, led the crew to revolt, forcing Bartolomeu Dias to return to Portugal, otherwise, possibly Bartolomeu Dias would have arrived in India. (…) When he returned to Lisbon and gave the news to King D. João II, narrating the epic of his journey, an event that opened the door to the much desired path to the east (India), with the news, D. João II changed you name it Cabo da Boa Esperança)!.
…então não é, que passados 472 anos, o “Paquete Niassa” para dobrar o Cabo das Tormentas—Cabo da Boa Esperança, (Cabo das Agulhas), mas vamos chamar-lhe Cabo da Boa Esperança como D. João II lhe chamou, o comandante do Niassa, também ele seguiu um pouco mais ou menos, a Rota estabelecida por Bartolomeu Dias em 1488, para o dobrar o Cabo e chegar a Lourenço Marques-Moçambique!. (…) So, it is not, that after 472 years, the “Paquete Niassa” to fold the Cabo das Tormentas — Cabo da Boa Esperança, (Cabo das Agulhas), but we will call it Cabo da Boa Esperança as D. João II called, the commander of Niassa, he too followed a little more or less, the Route established by Bartolomeu Dias in 1488, to double it and reach Lourenço Marques-Mozambique)!.
…depois de andar às voltas sobre quem e quando contornou pela primeira vez o Cabo das Agulhas (Cabo das Tormentas/Cabo da Boa Esperança), para que passados 472 anos, a bordo do Paquete Niassa, pudesse ao fim de 21 dias (25 de Janeiro de 1969), desembarcar em Terras Moçambicanas-Lourenço Marques!. (…After walking around who and when he first went around Cabo das Agulhas (Cabo das Tormentas / Cabo da Boa Esperança), so that 472 years later, on board Paquete Niassa, he could after 21 days (25 January 1969), disembark in the Mozambican Lands-Lourenço Marques)!.
…por volta das doze horas do dia 4 de janeiro de 1969, o Niassa larga do Cais de Alcântara, ao mesmo tempo que fazia soar três fortes apitos (sinal de que ia partir), deslizando nas águas do Tejo, passa por debaixo da então chamada Ponte Salazar, depois passa em frente ao Padrão dos Descobrimentos ou, (Monumento aos Descobrimentos ou, Monumento aos Navegantes), monumento escultórico de beleza rara, erguido na margem direita do Tejo, para relembrar o passado glorioso de Portugal. Na mesma margem do Rio, que outrora foi uma fortificação de defesa da bacia do Tejo, destacasse a “Torre de São Vicente”, mandada erigir por D. João II em 1514, conhecida simplesmente por “Torre de Belém”, classificada em 1983 como Património Mundial da UNESCO!. (…around twelve o’clock on the 4th of January 1969, the Niassa broad from the Alcântara Wharf, while sounding three loud whistles (signal that it was going to leave), sliding in the waters of the Tagus, passes under the then called Salazar Bridge, then passes in front of the Padrão dos Descobrimentos or, (Monument to the Discoveries or Monument to the Navigators), a sculptural monument of rare beauty, erected on the right bank of the Tagus, to remember Portugal’s glorious past. On the same bank of the River, which was once a defense fortification for the Tagus basin, it is worth mentioning the “Torre de São Vicente”, built by D. João II in 1514, known simply as “Torre de Belém”, classified in 1983 as UNESCO World Heritage)!.
…um pouco antes de entrar-mos nas águas do oceano Atlântico, passamos pelo “Forte de São Lourenço da Cabeça Seca” ou, simplesmente “Torre do Bugio”, onde se encontra instalado o “Farol do Bugio”, que outrora funcionava a Azeite, mandado construir em 1590 por Filipe II de Espanha, (segundo Rei durante a terceira dinastia), aquando da Dinastia Filipina, que governava Portugal em simultâneo com Espanha, entre 1580 e 1 de Dezembro de 1640, dia da Restauração!.(…just before entering the waters of the Atlantic Ocean, we passed the “Fort of São Lourenço of Cabeça Seca” or, simply “Torre do Bugio”, where the “Farol do Bugio” is installed, which used to work Olive Oil, built in 1590 by Philip II of Spain, (second King during the third dynasty), during the Philippine Dynasty, which ruled Portugal simultaneously with Spain, between 1580 and 1 December 1640, Day of Restoration)!.
…o “Niassa” entra em águas do oceano Atlântico, navegando para Sul, onde passados 9 dias de viagem, a 13 de janeiro de 1969, chega a Luanda-Angola, onde atracou para logística!?, visto que o nosso destino era Moçambique e não Angola. Deram-nos umas dez horas com autorização para visitar a cidade, recordo que fui ao Bairro da Cuca de Machibombo, à procura de um conterrâneo proprietário da Cervejaria Alcobaça, onde tomei pela primeira vez Cerveja Cuca, de seguida foi visitar o verdadeiro Bairro da Cuca, onde do que eu gostava havia muito… foram umas horas bem passadas, que deram para ficar com uma ideia da cidade de Luanda, do clima africano, e do que me esperava em Lourenço Marques!. (…Niassa enters the waters of the Atlantic Ocean, sailing south, where after 9 days of travel, on January 13, 1969, he arrives in Luanda-Angola, where he docked for logistics!?, Since our destination was Mozambique and not Angola. We were given about ten hours with permission to visit the city, I remember I went to “Bairro da Cuca” in Machibombo, looking for a fellow owner of Cervejaria Alcobaça, where I had my first Cerveja Cuca, then went to visit the real Bairro da Cuca , where I liked it for a long time … it was a few hours well spent, which gave me an idea of the city of Luanda, the African climate, and what was waiting for me in Lourenço Marques)!.
…depois de toda a logística concluída, o “Niassa” zarpa do cais de Luanda, retomando a sua rota com destino a Lourenço Marques. (…) instalado num beliche improvisado num dos porões do navio, tendo como companhia centenas de camaradas, com refeições servidas no Convés, num sistema de self-service, com caldeirões montados á Ré e na proa, onde os faxinas escalados pelo nosso grupo, se dirigia para receber uma terrina de sopa, uma de segundo, uma cafeteira de vinho, pão e fruta que, sentados no chão, comíamos como se estivéssemos num piquenique. Ao fim de 21 dias, depois de dobrarmos o “Cabo da Boa Esperança”, o “Niassa” entra finalmente nas águas da Baia do Espírito Santo, atracando no cais de Lourenço Marque, a 25 de Janeiro de 1969, a partir deste momento, tudo eram incertezas e sofrimentos…e mais não digo!. (…after all the logistics were completed, the “Niassa” set sail from the Luanda quay, resuming its route to Lourenço Marques. (…) Installed in a makeshift bunk in one of the ship’s holds, with hundreds of comrades, with meals served on the deck, in a self-service system, with cauldrons mounted aft and at the bow, where the cleaners climbed by our group, he went to receive a soup bowl, a second one, a coffee pot of wine, bread and fruit which, seated on the floor, we ate as if we were at a picnic. At the end of 21 days, after bending the “Cabo da Boa Esperança”, the “Niassa” finally enters the waters of the Bay of Espírito Santo, docking at the Lourenço Marque pier, on the 25th of January 1969, from this moment on, everything was uncertainties and suffering … and more I do not say)!.
…segundo reza a história, foi a cidade do Porto que deu o nome a Portugal, outrora era designada por Portus Cale, vindo mais tarde a tornar-se a capital do Condado Portucalense, onde se viria a formar Portugal. — O Porto é uma cidade conhecida mundialmente pelo seu famoso Vinho do Porto, que desde há séculos tem feito chegar o seu nome aos quatro cantos do Mundo. — As suas pontes, a sua arquitetura, o seu centro histórico, que a UNESCO classificou como Património Mundial, a sua universidade, a Universidade do Porto, colocada entre as 200 melhores universidades do Mundo e as 100 da Europa, bem como a qualidade dos seus centros hospitalares, fazem da cidade do Porto, não só, uma cidade onde se pode viver com prazer e dignidade, como também é uma cidade turística, que recebe anualmente, a visita de milhões de turistas de todo o Mundo!.
(…according to the story, it was the city of Porto that gave Portugal its name, it was formerly called Portus Cale, later becoming the capital of the Portucalense County, where Portugal was to be formed. – Porto is a city known worldwide for its famous Port Wine, which for centuries has made its name reach the four corners of the world. – Its bridges, its architecture, its historic center, which UNESCO has classified as World Heritage, its university, the University of Porto, placed between the 200 best universities in the world and the 100 in Europe, as well as the quality of its hospital centers make the city of Porto not only a city where you can live with pleasure and dignity, but it is also a tourist city, which receives millions of tourists from all over the world every year)!.
…feita esta pequena descrição sobre a cidade que deu o nome a Portugal, vou entrar no ponto principal deste artigo, daquilo que para mim, até agora era desconhecido. (…) afinal quem é o Padroeiro da Cidade do Porto? Sem resposta para a pergunta, que a mim próprio coloquei, tive de recorrer à Wikipédia, procurando obter resposta, o que, não sendo fácil, também não é difícil de se encontrar respostas elucidativas, dada a qualidade informativa, que pessoas entendidas nos assuntos, gentilmente lá colocam, esclarecendo a ignorância dos menos informados (que é o meu caso). Como consegui encontrar resposta à minha pergunta “afinal quem é o Padroeiro da Cidade do Porto”, entendo que devo passar a inserir neste meu artigo/publicação, tudo o que de melhor, ou um pouco diferente, consegui apurar!.
(…Having made this short description about the city that gave Portugal its name, I will go into the main point of this article, of what until now was unknown to me. (…) After all who is the patron saint of the city of Porto? Without an answer to the question, which I asked myself, I had to resort to Wikipedia, seeking an answer, which, not being easy, is also not difficult to find elucidating answers, given the informative quality, that people knowledgeable in the subjects, kindly put there, clarifying the ignorance of the less informed (which is my case). As I managed to find an answer to my question “after all who is the Patron Saint of the City of Porto”, I understand that I should start inserting in this article / publication, all the best, or a little different, I managed to find out)!.
…O Porto teve mais do que um Padroeiro até aos dias de hoje. Ao que se sabe, S. Silvestre foi o primeiro Patrono da cidade do Porto, a partir do ano de 1025, até 1453. (…) S. Pantaleão foi o segundo Padroeiro da cidade do Porto, a partir do ano de 1453, e porquê? S. Pantaleão era um médico Arménio e, no ano de 1453, os Turcos invadem a Arménia, tendo um grupo de Arménios cristãos, fugido de barco à invasão Turca, trazendo com eles o corpo do médico S. Pantaleão que, vindos pelo mar fora chegaram ao Douro, entrando na barra aproaram em Miragaia, ficando por lá, ainda hoje existe a Rua Arménia. O corpo de S. Pantaleão, foi então recolhido na Igreja Paroquial de S. Pedro de Miragaia. Nesse mesmo ano de 1453, a cidade do Porto é atingida por uma Peste terrível e, o povo com medo de que ela chegasse a Miragaia, implora a S. Pantaleão a sua proteção. Como a peste não chegou a Miragaia, as pessoas, os habitantes da zona, atribuíram isso a um milagre de S. Pantaleão, a partir daí, o S. Pantaleão passou a ser o Padroeiro da Cidade, destronando o Patrono S. Silvestre, ficando em Miragaia até 1499, ano em que foi transladado para a Sé Catedral do Porto!.
(…Porto has had more than one Patron to this day. As far as is known, S. Silvestre was the first Patron of the city of Porto, from the year 1025, until 1453. (…) S. Pantaleão was the second Patron of the city of Porto, from the year 1453, and why? S. Pantaleão was an Armenian doctor and, in the year 1453, the Turks invaded Armenia, having a group of Christian Armenians, fled by boat to the Turkish invasion, bringing with them the body of doctor S. Pantaleão who, coming from the sea outside they arrived in the Douro, entering the bar and went to Miragaia, staying there, even today there is Rua Armenia. The body of S. Pantaleão was then collected in the Parish Church of S. Pedro de Miragaia. In that same year, 1453, the city of Porto was hit by a terrible plague and, the people, afraid that it would reach Miragaia, implored S. Pantaleão for its protection. As the plague did not reach Miragaia, the people, the inhabitants of the area, attributed this to a miracle of S. Pantaleão, from then on, S. Pantaleão became the patron of the city, dethroning Patrono S. Silvestre, becoming in Miragaia until 1499, the year he was transferred to the Cathedral of Porto)!.
…Aquando da demolição do Arco da Porta de Vandoma, a 16 de Agosto de 1855, local onde a estátua de Nossa Senhora de Vandoma se encontrava, levou á mudança da estátua da Virgem, para a Sé do Porto, onde atualmente se encontra, a Cidade do Porto consagrou Nossa Senhora de Vandoma como sua Padroeira em agosto de 1981, destronado o até então Patrono da Cidade, S. Pantaleão!.
(…When the Arch of Porta de Vandoma was demolished, on 16 August 1855, where the statue of Our Lady of Vandoma was located, it led to the change of the statue of the Virgin, to the Cathedral of Porto, where it is currently located , the City of Porto consecrated Nossa Senhora de Vandoma as its Patron, in August 1981, dethroned the until then Patron of the City, S. Pantaleão)!.
…Afinal, conforme podemos constatar, depois de pesquisar sobre a pergunta que foi posta “afinal quem é o Patrono da cidade do Porto”? obtive resposta para a pergunta, afinal a Cidade do Porto, até aos dias de hoje teve três Patronos, S. Vicente (1025-1453),São Pantaleão (1453-1981), por último temos a actual, Nossa Senhora de Vandoma, passando a ocupar o lugar de São Pantaleão em 1981. (…) Também pensava como muitos Portuenses, que o santo popular São João adotado pela cidade do Porto, festejado na noite de 23 para 24 de Junho, nas ruas envolventes da zona histórica da cidade, com bailaricos, sardinha assada, martelinhos e o tradicional alho porro, fosse o Padroeiro da Cidade. (…) Mas não! São João não é nem nunca foi Padroeiro da Cidade do Porto! São João é o Padroeiro da Borga, do folguedo, de uma festa lindíssima, mas, São João nunca foi Padroeiro da cidade do Porto! Tal honra cabe a Nossa Senhora da Vandoma, que desde há séculos tem honras de destaque no Brasão da cidade!.
(…After all, as we can see, after researching the question that was asked “after all who is the Patron of the city of Porto”? I got an answer to the question, after all, the City of Porto, until today, had three Patrons, S. Vicente (1025-1453), São Pantaleão (1453-1981), lastly the current one, Nossa Senhora de Vandoma, passing to occupy the place of São Pantaleão in 1981. (…) He also thought like many Portuenses, that the popular saint João, adopted by the city of Porto, celebrated on the night of the 23rd to the 24th of June, in the surrounding streets of the historic area, with dancers, roasted sardines, hammers and traditional leek, were the Patron Saint of the City. (…) But not! São João is not and never was the patron saint of Porto! São João is the patron saint of Borga, of the party, of a beautiful party, but, São João was never a patron of the city of Porto! This honor belongs to Nossa Senhora da Vandoma, who for centuries has had outstanding honors in the city’s coat of arms)!.
…uma viagem na Primavera, de Leiria até à Cidade Invicta!. (…) Foi em Alcobaça, na manhã de sexta-feira do dia 9 de Junho de 1967, dia em que fui submetido a uma inspecção militar, tendo como já esperava, ficado aprovado para todo o serviço militar que, sem sequer imaginar, já estava a iniciar os preparativos para a viagem que um dia iria fazer de “Leiria até ao Porto“!. (…A trip in the spring, from Leiria to the City Invicta !. (…) It was in Alcobaça, on the morning of Friday 9 June 1967, the day on which I was subjected to a military inspection, having, as I expected, been approved for all military service that, without even imagining, already I was starting to prepare for the trip that one day would make from “Leiria to Porto”!)!.
Praça Goa Damão e Diu “Fonte Luminosa” (Goa Damão and Diu Square “Fonte Luminosa”)
…depois da passagem pelo Regimento de Infantaria Nº7 (R.I.7) de Leiria, aquartelamento onde permaneci durante o período de 29 de Janeiro de 1968, onde assentei praça para tirar a recruta, até 18 de Abril do mesmo ano (81 dias), após concluir a recruta, fui escalado para ir tirar a especialidade de Radiotelegrafista, no Regimento de Transmissões na Cidade Invicta, onde permaneci durante 122 dias (18 de Abril a 18 de Agosto)!. (…After passing by the Infantry Regiment Nº7 (RI7) of Leiria, barracks where I stayed during the period of January 29, 1968, where I settled to remove the recruit, until April 18 of the same year (81 days), after to complete the recruit, I was scheduled to take the specialty of Radiotelegrafista, in the Regiment of Transmissions in the City Invicta, where I stayed for 122 days (18 of April to 18 of August)!.
…a viagem desde o R.I.7 em Leiria até à Cidade Invicta foi feita em comboio, saindo da estação de Leiria na linha do Oeste, que faz a ligação entre a Estação do Rossio em Lisboa, até á Estação de Alfarelos onde termina, fazendo ligação com a Linha do Norte. (…) Quem de comboio, pretendia seguir para o Norte que, no meu caso, era chegar à Estação de Campanhã no Porto, era obrigado a aguardar pela chegada do comboio que vinha da estação de Santa Apolónia em Lisboa, dirigindo-se até à estação de Campanhã no Porto, mas, como não se podia dar um salto de Vila Nova de Gaia para o Porto, o Comboio para fazer a travessia sobre o Rio Douro, tinha forçosamente de circular pela Ponte D. Maria Pia de Saboia, conhecida somente por Ponte D. Maria Pia!.(…The journey from the RI7 in Leiria to the Invicta City was made by train, leaving the Leiria station on the West line, which makes the connection between Rossio Station in Lisbon, until the Alfarelos Station where it ends, making a connection with the Northern Line. (…) Those who wanted to travel by train to the North, which, in my case, was to arrive at Campanhã Station in Porto, were obliged to wait for the arrival of the train that came from Santa Apolónia station in Lisbon, going to the Campanhã station in Porto, but since it was not possible to make a jump from Vila Nova de Gaia to Porto, the train to cross the Douro River had to circulate over the D. Maria Pia de Saboia Bridge, known only by Ponte D. Maria Pia)!.
… a Ponte ferroviária D. Maria Pia, construída para transportar a Linha do Norte sobre o Rio Douro, fazendo a ligação entre as cidades de Vila Nova de Gaia e Porto, foi inaugurada a 4 de Novembro de 1877, ou seja, há 143 anos, depois de 22 meses de construção, na presença do Rei D. Luís I, sua esposa D. Maria Pia de Saboia, os Príncipes D. Carlos e D. Afonso de Bragança. — Em honra à Rainha D. Maria Pia de Saboia, a ponte viria a ser baptizada recebendo o seu nome: “Ponte D. Maria Pia”!. (…The D. Maria Pia railway bridge, built to transport the Northern Line over the Douro River, connecting the cities of Vila Nova de Gaia and Porto, was inaugurated on 4 November 1877, that is, 133 years ago , after 22 months of construction, in the presence of King D. Luís I, his wife D. Maria Pia de Saboia, Princes D. Carlos and D. Afonso de Bragança. – In honor of Queen D. Maria Pia de Saboia, the bridge would be named after “Ponte D. Maria Pia” !.
…somente cruzei a Ponte D. Maria Pia por duas vezes, a primeira foi no dia 18 de abril de 1968 e, 122 dias depois, a 18 de agosto do mesmo ano, pela segunda e última vez. A composição não podia circular na ponte a mais de cinco ou dez quilómetros por hora, o que, mesmo circulando a essa velocidade, com a sua passagem, notava-se a oscilação da ponte, ouvindo-se em simultâneo, o rangido da estrutura, provocados pelo peso da composição. Metia medo e respeito fazer a travessia da ponte! felizmente nunca aconteceu nenhum acidente!.
(…I only crossed Ponte D. Maria Pia twice, the first was on April 18, 1968 and, 122 days later, on August 18 of the same year, for the second and last time. The composition could not circulate on the bridge at more than five or ten kilometers per hour, which, even when circulating at that speed, with its passage, the bridge’s oscillation was noted, while the structure’s creaking was heard simultaneously, provoked by the weight of the composition. it was fear and respect to cross the bridge! fortunately no accident ever happened )!.
…A ponte de D. Maria Pia, construída pela empresa Francesa “Eiffel Constructions Métaliques”, é considerada como uma das maiores obras-primas executadas pelo engenheiro Gustave Eiffel e, há 143 anos, na altura da sua inauguração, era a ponte metálica com o maior arco em ferro do Mundo, com 167 metros de arco (apoio a apoio), e 48 metros de flecha. (…) Passados quatro anos depois da sua inauguração, a 4 de Novembro de 1877, em virtude de rumores que já existiam sobre o estado de conservação da infraestrutura, a Ponte recebe a primeira inspeção em Janeiro de 1891, tendo a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, procedido à substituição de rebites no pavimento. (…) Seis anos passados depois da primeira inspeção, nos finais de 1897, a Ponte volta a receber nova vistoria, novamente devido a rumores que ponham em causa a sua estabilidade. Feita a vistoria, os técnicos responsáveis pela mesma, concluíram que a Ponte continuava em excelente estado de conservação, que era mantida por uma equipa de Serralheiros e Pintores, que nela trabalhavam diariamente substituindo os rebites danificados pela corrosão, sendo a estrutura da Ponte pintada na sua totalidade, de 3 em 3 anos!.
(…The D. Maria Pia bridge, built by the French company “Eiffel Constructions Métaliques”, is considered to be one of the greatest masterpieces executed by engineer Gustave Eiffel and, 114 years ago, at the time of its inauguration, it was the metal bridge with the largest iron arch in the world, with 167 meters of arch (support to support), and 48 meters of arrow. (…) Four years after its inauguration, on November 4, 1877, due to rumors that already existed, about the state of conservation of the infrastructure, the Bridge receives the first inspection in January 1891, with the Companhia Real dos Portuguese Railways, with the replacement of rivets on the pavement. (…) Six years after the first inspection, at the end of 1897 the Bridge again received a new inspection, again due to rumors that jeopardize the stability of the Bridge. After the inspection, the technicians responsible for the same, concluded that the Bridge was still in an excellent state of conservation, which was maintained by a team of Locksmiths and Painters, who worked on it daily, replacing rivets damaged by corrosion, the structure of the Bridge being painted in its entirety, every 3 years)!.
Ponte de São João, com a Ponte D. Maria Pia em segundo plano.( (São João Bridge, with the D. Maria Pia Bridge in the background).
…na década de 1930, já a idade da estrutura da Ponte de D. Maria Pia se fazia notar, as constantes intervenções de conservação, que com frequência eram feitas para garantir o seu funcionamento, há muito vinham revelando a sua urgente substituição por uma outra ponte. (…) Como a velha ponte já não respondia às necessidades restritas à velocidade no atravessamento, ao facto de possuir apenas uma única via, os receios devido à sua estabilidade, que muitas das vezes levavam os passageiros com destino ao Porto, a optarem por sair em Vila Nova de Gaia, com limitações de peso que não permitiam a circulação de locomotivas a Vapor, e depois a Gasóleo, acabaram por ditar o seu encerramento como infraestrutura ferroviária, a 24 de Junho de 1991, dia em que viria a ser inaugurada a Ponte construída para sua substituição, a “Ponte São João” cujo evento, por coincidência ou planeado, coincidiu com os festejos populares de “São João do Porto”, dia em que a Igreja Católica celebra o nascimento de São João Baptista, com Missa e Procissão!.
Duas gerações de Pontes: em primeiro plano o Vão Central da Ponte de São João, no centro a Ponte de D. Maria Pia e, ao fundo está a ponte rodoviária do Infante “Ponte Infante Dom Henrique”, conhecida por Ponte Dom Henrique. (Two generations of bridges: in the foreground is the Central Gap of the Ponte de São João, in the center the Ponte de D. Maria Pia and in the background is the Infante road bridge “Ponte Infante Dom Henrique”, known as Ponte Dom Henrique).
A Ponte São João, foi uma obra projectada pelo engenheiro português, Edgar Cardoso, director do Laboratório National de Engenharia Civil, com um comprimento total de 1140 metros, construída por uma só peça contínua em Betão armado e pré-esforçado, em que o vão central de 250 metros de comprimento, apoiado em dois pilares no leito do Rio, que na altura da sua inauguração, batia o recordo máximo. (The São João Bridge, was a work designed by the Portuguese engineer, Edgar Cardoso, director of the Civil Engineering Laboratory, with a total length of 1140 meters, built by a single continuous piece in reinforced and prestressed concrete, in which the central span 250 meters long, supported by two pillars on the riverbed, which at the time of its inauguration, hit the maximum record.).
(…In the 1930s, the age of the structure of the D. Maria Pia Bridge was already noticeable, the constant conservation interventions that were frequently made to guarantee its functioning, had long been revealing its urgent replacement by another bridge . (…) As the old bridge no longer responded to the needs restricted to the speed of crossing, to the fact of having only one way, the fears due to its stability, which often led passengers to Porto, to choose to leave in Vila Nova de Gaia, with weight limitations that did not allow the circulation of steam locomotives, and later Diesel, ended up dictating its closure as a railway infrastructure, on June 24, 1991, the day when the Bridge built for its replacement, the “Ponte São João” whose event, coincidentally or planned, coincided with the popular celebrations of “São João do Porto”, day when the Catholic Church celebrates the birth of São João Baptista, with Mass and Procession)!.
Vista aérea do Hotel onde estive hospedado durante 122 dias (Regimento de Transmissões no Porto. (Aerial view of the Hotel where I was staying for 122 days (Militar Regiment of Transmissions).
…passados quatro meses no Hotel “Regimento de Transmissões no Porto”, depois de terminar a especialidade de Radiotelegrafista, fui transferido para o Batalhão de Reconhecimento das Transmissões (BRT) na Trafaria, a 18 de Agosto de 1968, para tirar uma nova especialidade, indo apanhar o comboio que, na linha do Norte, fazia a ligação entre a Porto (Estação de Campanhã), a Lisboa (Estação de Santa Apolónia), voltando de novo a fazer a travessia do Rio Douro sobre a Ponte D. Maria Pia “pela última vez”, deixando para trás, a cidade que de tempos em tempos recordo com saudades!. (…passados quatro meses no Hotel “Regimento de Transmissões no Porto”, depois de terminar a especialidade de Radiotelegrafista, fui transferido para o Batalhão de Reconhecimento das Transmissões (BRT) na Trafaria, a 18 de Agosto de 1968, para tirar uma nova especialidade, indo apanhar o comboio que, na linha do Norte, fazia a ligação entre a Porto (Estação de Campanhã), a Lisboa (Estação de Santa Apolónia), voltando de novo a fazer a travessia do Rio Douro sobre a Ponte D. Maria Pia — pela última vez!, deixando para trás, a cidade que de tempos em tempos recordo com saudades)!.
…na passada manhã do dia 22 de outubro de 2020, fui fazer uma das minhas caminhadas habituais, pelo trilho junto às arribas, desde a Praia da Consolação até à Praia de São Bernardino de Sena, percurso onde existem algumas praias de difícil acesso — Praia do Salgueiro/Carreiro da Lage, Praia de Porto Grande e Praia do Alto da Santa Luzia — ao passar por esta praia de Santa Luzia, que confina com a Quinta do Gato Cinzento, situada numa pequena enseada delimitada a Sul, pela ponta rochosa, que separa a Praia de São Bernardino de Sena, da praia do Alto de Santa Luzia, por curiosidade, e, como uns dias antes me haviam dito, que uma Baleia tinha dado à costa numa praia a Norte da Praia de São Bernardino, aproximei-me da arriba, para melhor poder observar a praia, tentando localizar a dita Baleia. Esta praia é conhecida pelos habitantes desta zona, por “Praia dos Seixos”, mas, no mapa cartográfico da zona, está identificada por “Praia do Alto de Santa Luzia”!.
(…On the last morning of October 22, 2020, I went on one of my usual walks, along the trail along the cliffs, from Praia da Consolação to Praia de São Bernardino de Sena, a route where there are some beaches that are difficult to access – Praia Salgueiro / Carreiro da Lage, Porto Grande Beach and Alto da Santa Luzia Beach – when passing by this Santa Luzia beach, which adjoins Quinta do Gato Gray, located in a small cove bounded to the south, by the rocky tip, which separates São Bernardino de Sena beach from Alto de Santa Luzia beach, out of curiosity, and, as I was told a few days earlier, that a whale had hit the shore on a beach north of São Bernardino beach, I approached the cliff, in order to better observe the beach, trying to locate the so-called whale. This beach is known by the inhabitants of this area, for “Praia dos Seixos”, but, in the cartographic map of the area, it is identified by “Praia do Alto de Santa Luzia”) !.
…como disse, procurei aproximar-me o mais possível da falésia, para melhor poder observar a praia ao fundo, tentando localizar a dita Baleia, ou algo que se relacionasse com ela. A praia do Alto de Santa Luzia, situa-se numa pequena enseada, onde somente existem seixos e calhaus, daí, os povos limítrofes, a identificarem por Praia do Seixo!. (…As I said, I tried to get as close to the cliff as possible, so I could better observe the beach in the background, trying to locate the so-called Whale, or something that related to it. Alto de Santa Luzia beach, is located in a small cove, where there are only pebbles and pebbles, hence the neighboring peoples, to be identified by Praia do Seixo)!.
…depois de ter feito uma profunda observação entre rochas e calhaus, concluí que já era tarde para poder ver a dita Baleia, já não fui a tempo para a ver, antes do mar a ter desfeito contra as rochas, talvez devido há forte agitação do mar, que se fez sentir na nossa costa durante uns dias, deixando somente algumas ossadas, para provar que foi precisamente naquele local, naquela praia de Santa Luzia (Praia dos Seixos), o local onde deu à costa!. (…After having made a deep observation between rocks and pebbles, I concluded that it was too late to be able to see the so-called Whale, I was not in time to see it, before the sea had broken up against the rocks, perhaps due to the strong turmoil sea, which was felt on our coast for a few days, leaving only a few bones, to prove that it was precisely in that place, on that beach in Santa Luzia (Praia dos Seixos), the place where it hit the coast)!.
…com a ajuda de um amigo conhecedor da zona, cuja praia ele identifica por “Praia do Seixo”, e do trilho, que, arriba abaixo nos leva até à praia, munido com fita métrica e máquina fotográfica, aventurei-me e desci com ele à praia para poder observar as ossadas, fotografá-las e medir o comprimento da maior ossada, visto que queria fazer pesquisa, para saber de que tipo de Baleia se tratava, — das ossadas que o mar ainda não tinha arrastado, estava uma com 4 metros e dez centímetros de comprimento, — encontrei uma vertebra, uma costela, uns bocados do crânio!.(…With the help of a friend who knows the area, whose beach he identifies as “Praia do Seixo”, and the trail, which, below, takes us to the beach, equipped with tape measure and camera, I ventured out and went down with he to the beach to be able to observe the bones, photograph them and measure the length of the largest bone, since he wanted to do research, to find out what kind of whale it was, – the bones that the sea had not yet dragged, it was one with 4 meters and ten centimeters long, – I found a vertebra, a rib, a few pieces of the skull)!.
…Esta foto não é minha! Foi-me cedida por um amigo, estando autorizado a servir-me dela neste meu artigo. Ao que parece, segundo me disse, o animal antes de encalhar na Praia de Santa Luzia (Praia do Seixo), deu à costa primeiro na Praia dos Frades (São Bernardino de Sena), sendo depois arrastada pelo mar até à enseada da praia de Santa Luzia!. (…This photo is not mine! It was given to me by a friend, being authorized to use it in this article of mine. It seems, according to me, that the animal before stranding at Praia de Santa Luzia (Praia do Seixo), first hit the coast at Praia dos Frades (São Bernardino de Sena), then being dragged by the sea to the cove of Praia de Santa Luzia)!.
…com as fotos e medidas que obtive das ossadas encontradas, fui pesquisar e comparar a ossada de maior dimensão, com os esqueletos das diferentes espécies de Baleias que existem (!?), tendo concluído, e, quase poder garantir, que se trata de uma das ossadas que compõem o maxilar inferior, sendo esta a ossada esquerda, de uma Baleia Azul (Balaenoptera Muscular)!.(…With the photos and measurements I obtained of the bones found, I went to research and compare the larger bone, with the skeletons of the different species of Whales that exist (!?), Having concluded, and, almost being able to guarantee, that it is about one of the bones that make up the lower jaw, this being the left bone, of a Blue Whale (Balaenoptera Muscular)!.
…com elevado esforço, conseguimos carregar até ao cimo da arriba, algumas ossadas de menor dimensão, ainda não nos foi possível transportar a ossada do maxilar inferior, devido à sua dimensão e peso. As ossadas foram guardadas pelo meu amigo, para a sua exposição particular!. (…with a high effort, we managed to carry some smaller bones to the top of the cliff, it was not yet possible to transport the bone from the lower jaw, due to its size and weight. The bones were kept by my friend, for his private exhibition)!.
…Como o tempo passa!… uns mais, outros menos, todos nós em certos momentos, fazemos reflexões, meditações sobre coisas passadas, acontecimentos, passeios que fizemos ou que gostaríamos de ter feito e que nunca fizemos, dos nossos amores, das atitudes boas ou menos boas que praticamos, reflectimos sobre segredos, segredos que só de pensar neles nos faz doer a Alma, segredos que iremos levar connosco para o outro Mundo!?… mas, no que eu estava a reflectir, não era sobre nada que me estivesse a fazer doer a Alma, antes pelo contrário, meditava sobre a minha primeira ida a Lisboa, que para mim foi um dia de festa inesquecível. Fui a convite de um grupo de bons amigos Benfiquistas, (Que todos eles descansem em Paz), que iam assistir ao encontro de futebol, entre o Benfica e o Feyenoord da Olanda, para a Taça (Liga) dos Campeões UEFA, no dia 08/05/1962, jogo que o Benfica venceu por 3-1, ficando apurado para ir discutir a final com o Real Madrid, final que o Benfica voltou a vencer por 5-3, ganhando a Taça dos Campeões Europeus 1961/62, feitas as contas, a primeira vez que fui a Lisboa, foi à 57 anos, 6 meses e 23 dias, calculados (de 08/05/1962 a 01/01/2020)!.
(…As time goes by! … some more, others less, all of us at certain times, we do reflections, meditations on past things, events, walks that we did or that we would like to have done and that we never did, of our loves, of good or less good attitudes that we practice, we reflect on secrets, secrets that just thinking about them makes Soul hurt, secrets that we will take with us to the other World!? … but, as I was reflecting, it was not about nothing that was causing me to hurt Alma, on the contrary, I meditated on my first trip to Lisbon, which for me was an unforgettable party day. I was invited by a group of good Benfiquistas friends, (May they all rest in peace), who were going to watch the football match between Benfica and Feyenoord of Olanda, for the UEFA Champions League (League), on the 8th / 05/1962, a game that Benfica won 3-1, being qualified to discuss the final with Real Madrid, a final that Benfica won again by 5-3, winning the 1961/62 European Champions Cup, made the accounts, the first time I went to Lisbon, was 57 years, 6 months and 23 days, calculated (from 05/08/1962 to 01/01/2020)!.
…depois de falar sobre as minhas reflexões, e do dia em que um grupo de bons amigos, me levaram a Lisboa pela primeira vez em 1962, para ir conhecer o estádio do Benfica, o Estádio da Luz, e assistir a um desafio de futebol, comecei a pensar em ir até Lisboa matar saudades, não para ir prestar homenagem ao diplomata Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal), ao homem que foi Secretário de Estado do Rei D. José I, ao homem que acabou com a escravatura em Portugal Continental, ao homem que expulsou os Jesuítas, ao homem que inventou argumentos para assassinar todos os membros da família dos Távoras, enfim, ao homem que muito embora tivesse reconstruído Lisboa depois da desgraça que assolou Lisboa em 1755, ao homem que as coisas boas que fez, não chegam para atenuar o crime que cometeu contra a família dos Távoras, mas sim, fui a Lisboa para ir visitar a Baixa Pombalina de Lisboa. (…) Vindo do Norte, desci a Avenida da República, a seguir a Fontes Pereira de Melo, chegando à Praça do Marquês de Pombal, com a sua imponente estátua ao centro, que se diz, foi erguida em sua homenagem, só que não nos dizem porquê, será que foi por reconstruir Lisboa? Será que foi por aniquilar os Távoras? será que foi por expulsar os Jesuítas de Portugal, que acabou por arruinar o ensino , contribuindo ainda mais para o analfabetismo, que já existia em Portugal? (…) Depois de muitos anos em construção, com um pára-arranca, ao que parece por falta de verbas, a Praça lá ficou finalmente concluída a 13 de Maio de 1934. Desço a Avenida da Liberdade até aos Restauradores, e passo pela Praça do Rossio, também conhecida por Praça de D. Pedro IV, seguindo até ao Terreiro do Paço, hoje Praça do Comércio. Com o seu Arco Triunfal da Rua Augusta, os edifícios governamentais pintados de amarelo (outrora pintados de cor de rosa), o Cais das Colunas ao fundo, a Estátua de D. José I ao centro, toda essa harmonia, torna o antigo Terreiro do Paço, que foi palco e assistiu a acontecimentos que ficaram gravados na nossa história, na história de Portugal, a tornam num local digno de ser visitado. “À males que por vezes vêm por bem”!? Todas as obras de reconstrução de Lisboa, em que umas foram restauradas, outras tiveram que ser construídas de raiz, tudo feito de acordo com os planos traçados pelo Marquês de Pombal, para a reconstrução da cidade que, em parte só foram possíveis realizar, depois do Terramoto ter destruido quase por completo, a cidade de Lisboa, no dia 1 de Novembro de 1755, fazendo hoje (1 de Novembro de 2020), precisamente 265 anos!.
Praça Rossio de Lisboa — ao fundo, o Teatro Nacional D. Maria II, que abriu as portas em 13 de Abril de 1846, durante as comemorações do 27º aniversário de D. Maria II — ao centro, a Estátua do Rei D. Pedro IV, inaugurada no ano de 1870. — Passagem obrigatória (?) para quem vindo dos Restauradores, queira ir até ao Terreiro do Paço. (Praça Rossio de Lisboa – in the background, the National Theater D. Maria II, which opened its doors on April 13, 1846, during the celebrations of the 27th anniversary of D. Maria II – in the center, the Statue of King D. Pedro IV , opened in 1870. – Mandatory ticket (?) for those coming from Restauradores, wanted to go to Terreiro do Paço).
(…After talking about my reflections, and the day when a group of good friends, took me to Lisbon for the first time in 1962, to visit Benfica stadium, Estádio da Luz, and watch a football match , I started thinking about going to Lisbon to miss you, not to pay homage to the diplomat Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquis of Pombal), to the man who was Secretary of State to King D. José I, to the man who ended the slavery in mainland Portugal, to the man who expelled the Jesuits, to the man who invented arguments to murder all members of the Távoras family, in short, to the man who, although he had rebuilt Lisbon after the disaster that devastated Lisbon in 1755, to the man who good things he did, they are not enough to mitigate the crime he committed against the Távoras family, but yes, I went to Lisbon to visit Baixa Pombalina de Lisboa. (…) Coming from the North, I went down Avenida da República, after Fontes Pereira de Melo, arriving at Praça do Marquês de Pombal, with its imposing statue in the center, which is said, was erected in his honor, only that don’t tell us why, was it because of rebuilding Lisbon? Was it because it annihilated the Távoras? was it by expelling the Jesuits from Portugal, which ended up ruining education, further contributing to the illiteracy that already existed in Portugal? (…) After many years under construction, with a stop-start, apparently due to lack of funds, the Square was finally completed there on May 13, 1934. I walk down Avenida da Liberdade to Restauradores, and pass through Rossio Square, also known as Praça de D. Pedro IV, going to Terreiro do Paço, today Praça do Comércio. With its Triumphal Arch on Rua Augusta, the government buildings painted yellow (once painted pink), the Cais das Colunas in the background, the Statue of D. José I in the center, all this harmony, makes the old Terreiro do Paço, who was the stage and watched events that were recorded in our history, in the history of Portugal, make it a place worth visiting. “To evils that sometimes come for good” !? All the reconstruction works in Lisbon, in which some were restored, others had to be built from scratch, all done according to the plans drawn up by the Marquis of Pombal, for the reconstruction of the city that, in part, were only possible afterwards. of the earthquake having almost completely destroyed the city of Lisbon, on November 1, 1755, making today (November 1, 2020), precisely 265 years)!
…estou a ir muito depressa! é que um pouco antes de entrar na Praça do Rossio de Lisboa, passei pela segunda mais bonita estação de caminhos de ferro do Mundo, a Estação Ferroviária do Rossio, uma obra construída pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, inaugurada a 18 de Maio de 1890, reinava Portugal D. Carlos I .(…) A estação do Rossio, assistiu e foi palco de uma tragédia que ficou na história de Portugal, o assassinato do Presidente Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais (Silva Pais), em 14 de Dezembro de 1918! (…) A 29 de Janeiro de 1968, fui chamado para servir o nosso exército, sendo transferido do Porto a 18 de Agosto do mesmo ano, para o Quartel (BRT) estacionado na Trafaria, onde permaneci até ao dia em que fui mobilizado, embarcando a bordo de um barco chamado de “NIASSA” para Moçambique, 4 de Janeiro de 1969. Sempre que regressava à Trafaria, depois de uns dias de licença que me davam, para ir à Terra visitar a família, no regresso à Trafaria, apanhava o comboio na estação ferroviária de Valado-dos-Frades, e desembarcava na Estação do Rossio em Lisboa, depois tinha de fazer o caminho até à Estação Fluvial de Belém, onde apanhava o barco para a Trafaria, umas vezes ia de Táxi, outras de Autucarro, e ainda cheguei a fazê-lo caminhando. No entanto, ou de táxi ou a caminhar, passava sempre pelo Terreiro do Paço!.
Terreiro do Paço, actual Praça do Comércio — Estátua equestre D´el Rei D. José I — Arco Triunfal da Rua Augusta. (Terreiro do Paço, current Praça do Comércio – Equestrian statue of King D. José I – Triumphal Arch of Rua Augusta).
(…I’m going too fast! is that just before entering the Rossio Square in Lisbon, I passed by the second most beautiful railway station in the World, the Rossio Railway Station, a work built by the Royal Company of the Portuguese Railways, inaugurated on May 18th of 1890, Portugal reigned D. Carlos I. (…) Rossio station, watched and was the scene of a tragedy that remained in the history of Portugal, the assassination of President Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais (Silva Pais), on 14 December 1918! (…) On January 29, 1968, I was called to serve our army, being transferred from Porto on August 18 of the same year, to the Barracks (BRT) stationed in Trafaria, where I stayed until the day I was mobilized, boarding a boat called “NIASSA” to Mozambique, January 4, 1969. Whenever I returned to Trafaria, after a few days’ leave they gave me, to go to Earth to visit my family, on my way back to Trafaria, I was beaten the train at the railway station of Valado-dos-Frades, and disembarked at the Rossio Station in Lisbon, then had to make the way to the Fluvial Station of Belém, where he took the boat to Trafaria, sometimes by Taxi, sometimes by Autucarro, and I even did it walking. However, either by taxi or walking, I always passed by Terreiro do Paço)!.
“ZORRA” que transportou durante 4 dias, a Estátua de D. José I desde a fundição até ao Terreiro do Paço, em 25 de Maio de 1755. Inserida no projecto de reconstrução de Lisboa, após o Terramoto de 1755, a estátua equestre de D. José I, de autoria do escultor Joaquim Machado de Castro, fundida em Bronze a um só jacto de cobre, tendo a sua inauguração, acontecido em simultâneo com as festividades do 61º aniversário do rei D. José I, a 6 de Junho de 1775. (“ZORRA” which carried the statue of D. José I for 4 days from the foundry to Terreiro do Paço, on May 25, 1755. As part of the Lisbon reconstruction project, after the 1755 Earthquake, the equestrian statue of D. José I, by sculptor Joaquim Machado de Castro, cast in bronze with a single copper jet, and its inauguration took place simultaneously with the festivities of the 61st anniversary of King D. José I, on June 6, 1775).
…O Terreiro do Paço, hoje Praça do Comércio, foi durante dois séculos, o local onde existia o palácio dos reis de Portugal. Com os seus cerca de 36.000 m2, ainda hoje continua a ser uma das maiores Praças da Europa. Os edifícios envolventes, pintados de amarelo, que ainda hoje acolhem alguns departamentos governamentais, depois da revolução republicana de 1910, foram pintados de cor-de-rosa, somente voltaram à sua cor original, alguns tempos depois da revolução dos cravos (25 de Abril de 1974).
Arco do Triunfo da Rua Augusta
(…Terreiro do Paço, today Praça do Comércio, was for two centuries the place where the palace of the kings of Portugal existed. With its 36,000 m2, it still remains one of the largest squares in Europe. The surrounding buildings, painted in yellow, that still house some government departments, after the republican revolution of 1910, were painted pink, they only returned to their original color, some time after the carnation revolution (April 25 1974)!.
A área da Praça do Comércio, serviu durante muito tempo, para estacionamento de carros, até à década de 1990! Eu próprio lá cheguei a estacionar algumas vezes, estou-me a recordar até de uma cena que se passou comigo, e com uns artistas que por lá existiam, que a troco de uns escudos, arranjavam sempre um sítio para estacionar o nosso carro. (…) Numa dessas vezes que lá estacionei, quando me preparava para arrancar com o carro, aparece um desses artistas, a oferecer-me umas coisas que trazia dentro de uma maleta, dizendo serem de contrabando, para falar baixinho, blá, blá, blá… mas, para mim eram coisas roubadas! Primeiro ofereceu-me pistolas, revolveres, relógios, uma série de coisas, como não mostrei interesse em nenhum dos produtos oferecidos, logo veio outro, metendo quatro ou cinco garrafas dentro do carro, que ele dizia serem de whisky, como o valor que me pedia, comparado com o preço no mercado, era sedutor, eu fui negociando, acabando por as comprar. (…) Um dia estou com um amigo, que possivelmente também ele já teria caído no mesmo conto do vigário, e contei-lhe que tinha comprado whisky no Terreiro do Paço a bom preço, ele começa a rir, passando a descver todos os pormenores, como se lá estivesse a assistir ao negócio comigo, por isso eu digo, que também a ele já lhe teria acontecido o mesmo, e diz-me, foste burlado, o que as garrafas têm é Chá! Eu abro uma, abro outra, acabando por as abrir todas, e então não é que era mesmo chá, ou uma água com corante! Como posso eu esquecer o Terreiro do Paço, local onde tantas vezes estacionei o carro? Nem D. José nem o Marquês, me protegeram dos artistas do Terreiro do Paço !.
(…The Praça do Comércio area served for a long time for car parking, until the 1990s! I even parked there a few times myself, I even remember a scene that happened to me, and with some artists that existed there, in exchange for some shields, they always found a place to park our car. (…) On one of those times that I parked there, when I was getting ready to start the car, one of these artists appears, offering me some things that I brought in a suitcase, saying they are contraband, to speak softly, blah, blah, blah… but for me they were stolen things! First he offered me pistols, revolvers, watches, a number of things, as I showed no interest in any of the products offered, then another came, putting four or five bottles in the car, which he said were whiskey, as the value that asked, compared to the market price, it was seductive, I was negotiating, and ended up buying them. (…) One day I am with a friend, who possibly also would have fallen for the same vicar’s tale, and I told him that I had bought whiskey at Terreiro do Paço at a good price, he starts laughing, starting to discover everyone the details, as if he were watching the business with me there, so I say, that he too would have already happened to him, and he tells me, you were cheated, what the bottles have is Tea! I open one, open another, eventually opening them all, and then it wasn’t that it was really tea, or water with dye! How can I forget Terreiro do Paço, where I parked my car so often? Neither D. José nor Marquês protected me from the artists of Terreiro do Paço!.
Coreto e Santuário de Nossa Senhora da Nazaré (Bandstand and Sanctuary of Nossa Senhora da Nazaré
…os “Coretos”, pequenas joias de arte inspiradas nos ideais de Liberdade, que começaram a surgir em Portugal nos princípios do século XVIII. Alguns eram desmontáveis, somente eram montados em dias de arraial, outros, construídos em alvenarias e ferro forjado, eram fixos. Muitos foram e continuam a ser os palcos das celebrações típicas das aldeias, vilas e cidades portuguesas. É lamentável, que dos espaços públicos, sejam os mais ignorados pelo português deste século, no entanto, eles continuam a aguentar-se de pé! Estima-se que existam mais de um milhar de coretos espalhados pelas vilas, cidades e aldeias do nosso país!
Coreto de Gaia
(…The “Bandstands”, small jewels of art inspired by the ideals of Liberdade, which began to appear in Portugal in the early 18th century. Some were dismountable, they were only assembled during camp days, others, built in masonry and wrought iron, were fixed. Many were and continue to be the stage for celebrations typical of Portuguese villages, towns and cities. It is unfortunate that public spaces are the most ignored by the Portuguese of this century, however, they continue to stand up! It is estimated that there are more than a thousand bandstands scattered throughout the towns, cities and villages of our country)!
Coreto e Santuário de Nossa Senhora da Nazaré (Bandstand and Sanctuary of Nossa Senhora da Nazaré
…Coreto de Nossa Senhora da Nazaré, localizado em frente do Santuário, foi encomendado pela Real Casa de Nossa Senhora da Nazaré, a Francisco da Silva Castro, em 1897. (…) Típico coreto Português, assente numa base octogonal em alvenaria e cantaria, sendo o restante em ferro fundido, oriundo da Fundição Aliança do Porto. (…) Desde a sua inauguração recebeu inúmeras Bandas de Música, que abrilhantaram e ainda abrilhantam, as Festas de Nossa Senhora da Nazaré. Nas décadas de 1960/1970, foram várias as vezes, em que tive a honra de subir a este Coreto, incorporado na filarmónica da minha aldeia, Sociedade Filarmónica Maiorguense, por altura dos festejos em honra da Senhora da Nazaré. (…) No dia 8 de Setembro de 2020, este imóvel comemorou 123 anos de existência!.
Coreto de Campo Maior
(…Bandstand of Nossa Senhora da Nazaré, located in front of the Sanctuary, was commissioned by the Royal House of Nossa Senhora da Nazaré, to Francisco da Silva Castro, in 1897. (…) Typical Portuguese bandstand, based on an octagonal base in masonry and stonework, the rest in cast iron, from Fundição Aliança do Porto. (…) Since its inauguration, it has received numerous Music Bands, which brightened and still brighten, the Feasts of Nossa Senhora da Nazaré. In the 1960s / 1970s, I had the honor of going up to this bandstand several times, incorporated in the Philharmonic of my village, Sociedade Filarmónica Maiorguense, during the festivities in honor of Senhora da Nazaré. (…) On September 8, 2020, this property celebrated 123 years of existence)!.
Coreto do Jardim da Estrela
…coreto do Jardim da Estrela em Lisboa, a sua construção data de 1884, uma obra imponente, rica e vaidosa, onde se podem verificar os traços tradicionais do coreto Português, também ele, assente numa base octogonal, com escadarias e estrutura feitas em ferro fundido de cor verde, a sua ornamentação e cúpula, são de uma riqueza admirável, este coreto, encontrava-se no passeio público da Avenida da Liberdade (o primeiro jardim público Lisboeta) sendo transladado a 15 de Outubro de 1936, para o Jardim da Estrela!.
Coreto na Avenida da Liberdade anterior à sua transladação para o Jardim da estrela em 1936. (Bandstand on Avenida da Liberdade prior to its transfer to Jardim da Estrela in 1936).
(…bandstand of Jardim da Estrela in Lisbon, its construction dates from 1884, an imposing, rich and vain work, where you can see the traditional features of the Portuguese bandstand, also based on an octagonal base, with staircases and structure made in green cast iron, its ornamentation and dome, are of an admirable richness, this bandstand was found on the public promenade of Avenida da Liberdade (the first public garden in Lisbon) and was transferred on October 15, 1936, to the Jardim da Estrela)!.
…foto antiga e de fraca qualidade, que se presume seja da década de 1930/40, é a única foto que tenho, onde se consegue ver, e ter uma ideia de como era o “Coreto da Maiorga”. Típico coreto português de formato octogonal, construído em alvenaria até ao palco, onde as Bandas Filarmónicas e as orquestras actuavam. Com cobertura metálica suportada por oito balaustres de cor verde feitos em ferro fundido, e gradeamentos de proteção em ferro. (…) à sua volta, à volta do coreto, era o local preferido para eu e os colegas da escola brincarmos, só que, em meados da década de 1950, foi demolido para ampliar a Praça, conforme se apresenta hoje, no entanto, para convencer os músicos da filarmónica, foi feita a promessa, de que viria um coreto metálico desmontável, para a nossa filarmónica dar os seus concertos, o que nunca veio a acontecer! (…) A fundação da Banda da Sociedade Filarmónica Maiorguense, data de 1 de janeiro de 1884, dia da sua primeira atuação ao público, o que se presume, o Coreto da Música, como nós o identificávamos, deveria ter sido construído na década de 1880/1890 (!?).
Coreto de Castelo de Vide
(…Old and poor quality photo, presumed to be from the 1930s / 40s, is the only photo I have, where you can see it, and get an idea of what the Bandstand of Maiorga was like. Typical Portuguese bandstand of octagonal shape, built in masonry up to the stage, where the Philharmonic Bands and orchestras performed. With metallic cover supported by eight green balusters made of cast iron, and protective railings in iron. (…) Around it, around the bandstand, it was the favorite place for me and my schoolmates to play, except that, in the mid-1950s, it was demolished to expand the Square, as it appears today, however, to convince the musicians of the Philharmonic, the promise was made that a collapsible metal bandstand would come for our Philharmonic to give its concerts, which never happened! (…) The foundation of the Banda da Sociedade Filarmónica Maiorguense, dated January 1, 1884, the day of its first performance to the public, which is presumed, the Bandstand of Music, as we identified it, should have been built in the decade of 1880/1890 (!?).
…vista parcial do Rossio da Maiorga. No local onde se encontra hoje plantada uma Palmeira, seria sensivelmente o local onde outrora existia o Coreto da Música. O progresso, que aos poucos também começou a surgir no nosso país na década de cinquenta (depois do final da II Guerra), nem sempre se compadecia de habitações ou de certos monumentos que, com mais ou menos valor histórico, travavam o desenvolvimento, ou a construção de novas obras. Nesta foto verificamos que a actual Praça, mesmo depois da demolição do Coreto, continua a ser uma pequena Praça, o que levou o poder político da aldeia, a perguntar aos seus habitantes e músicos “querem o Coreto ou querem uma Praça”? Como Maiorguense e músico, penso que a demolição do Coreto, foi uma decisão acertada!.
(…Old and poor quality photo, presumed to be from the 1930s / 40s, is the only photo I have, where you can see it, and get an idea of what the Bandstand of Maiorga was like. Typical Portuguese bandstand of octagonal shape, built in masonry up to the stage, where the Philharmonic Bands and orchestras performed. With metallic cover supported by eight green balusters made of cast iron, and protective railings in iron. (…) Around it, around the bandstand, it was the favorite place for me and my schoolmates to play, except that, in the mid-1950s, it was demolished to expand the Square, as it appears today, however, to convince the musicians of the Philharmonic, the promise was made that a collapsible metal bandstand would come for our Philharmonic to give its concerts, which never happened! (…) The foundation of the Banda da Sociedade Filarmónica Maiorguense, dated January 1, 1884, the day of its first performance to the public, which is presumed, the Bandstand of Music, as we identified it, should have been built in the decade of 1880/1890 (!?).
…A cidade de Peniche, é sede de um pequeno Município subdividido em quatro freguesias (Atouguia da Baleia, Peniche, Serra d´El-Rei e Ferrel)!.
(…the city of Peniche is home to a small municipality divided into four parishes (Atouguia da Baleia, Peniche, Serra d´El-Rei and Ferrel)!.
Praia da Consolação
…a “Praia da Consolação” é uma das seis praias do concelho de Peniche, são elas: Consolação, Gamboa, Baleal, Peniche de Cima (a norte), Peniche de Baixo (a sul) e Superturbos (medão grande). […] a limpeza natural da praia (sem necessidade de recorrer ao homem ou a maquinaria), água límpida, sossego, bem-estar e qualidade de vida, são as características preferidas, por quem procura uma praia onde possa desfrutar do seu período de férias!.
(…“Praia da Consolação” is one of the six beaches in the municipality of Peniche, they are: Consolação, Gamboa, Baleal, Peniche de Cima (to the north), Peniche de Baixo (to the south) and Superturbos (medão grande). […] The natural cleanliness of the beach (without the need to resort to man or machinery), clear water, peace, well-being and quality of life, are the preferred characteristics for those looking for a beach where they can enjoy their period vacation)!
…foram todas as características que no paragrafo anterior descrevi (limpeza, sossego, águas límpidas e bem-estar), que em muito pesasaram e foram levadas em conta, para que a “Fundação para a Educação Ambiental” (FEE), fundada em 1987, reconhecendo as suas qualidades, a premiou autorizando-a a partir daí a ostentar a “Bandeira Azul”, símbolo que é atribuído às praias, que cumprem com os requisitos exigidos pela Fundação. A “Praia da Consolação”, reconhecida pelas suas qualidades, tem sido premiada todos os anos desde 1987, ostentando a “Bandeira Azul” na sua praia, à mais de três décadas!.
(…It was all the characteristics that I described in the previous paragraph (cleanliness, tranquility, clear waters and well-being), that weighed heavily and were taken into account, so that the “Foundation for Environmental Education” (FEE), founded in 1987 , recognizing its qualities, he awarded it authorizing it from then on to display the “Blue Flag”, a symbol that is attributed to the beaches, which comply with the requirements demanded by the Foundation. The “Praia da Consolação”, recognized for its qualities, has been awarded every year since 1987, displaying the “Blue Flag” on its beach for more than three decades) !.
…a Praia da Consolação, está dividida em duas pelo “Forte da Praia da Consolação”. A Sul, tem uma praia com excelentes condições terapêuticas, o Iodo acumulado, aliado a outras condições naturais, e pela exposição ao Sol, proporcionam um tratamento medicinal muito benéfico à Coluna. Esta praia é a única com estas características em todo o Continente Europeu, o que leva anualmente á Praia da Consolação, milhares de pessoas!.
(…Praia da Consolação, is divided in two by the “Forte da Praia da Consolação”. To the south, it has a beach with excellent therapeutic conditions, the accumulated iodine, combined with other natural conditions, and due to exposure to the Sun, they provide a very beneficial medicinal treatment to the Column. This beach is the only one with these characteristics in the whole European continent, which takes thousands of people to Praia da Consolação annually)!.
…do lado Norte, a paisagem é completamente diferente, do largo da senhora da Conceição junto ao forte, pode-se avistar Peniche, Cabo Carvoeiro e a Ilha das Berlengas, bem como a praia, formada por um extenso areal de areia branca, numa extensão de três mil e quinhentos metros (+-), desde o Forte da Senhora da Consolação, até ao Molho Leste em Peniche. […] a meio do percurso, encontramos a Praia dos Supertubos (médão grande), palco de inúmeros eventos internacionais, local escolhido devido às condições naturais, que criam ondas perfeitas para as modalidades de Surf e Bodyboard, é ex-libris para surfistas, não só nacionais como de todo o mundo, onde têm decorrido importantes provas de Surf do ASP World Tour!.
(… On the North side, the landscape is completely different, from Senhora da Conceição square next to the fort, you can see Peniche, Cabo Carvoeiro and the Berlengas Island, as well as the beach, formed by an extensive white sand beach, in a extension of three and a half thousand meters (+ -), from the Fort of Senhora da Consolação, to the Molho Leste in Peniche. […] Halfway along, we find Praia dos Supertubos (medium big), the stage for countless international events, a place chosen due to the natural conditions, which create perfect waves for Surfing and Bodyboarding, and ex-libris for surfers, not only nationally, but also from all over the world, where important ASP World Tour Surf events have been taking place)!.
…o extenso areal de três mil metros, desde o Forte da Consolação até ao Molho Leste, é por muitos percorrido com mais frequência, durante os meses de veraneio com a Maré-Baixa, para caminhar e fazer exercício, aproveitando para inspirar o odor muito intenso “Maresia” (odor e névoa), que o movimento das ondas do mar origina. […] durante a caminhada vamo-nos cruzando com bandos de Gaivotas (Gaivota-argêntea), nidifica nas Berlengas, fazendo um vaivém entre o arquipélago e Peniche, chegando a formar bandos com centenas. […] simultaneamente, cruzamo-nos também com grupos de Surfistas, que aderiram às Escolas de Surf para obterem lições de treino, bem como muitos outros, com mais ou menos experiência para a modalidade!.
(…The three thousand meters long beach, from the Forte da Consolação to the Molho Leste, is most often covered during the summer months with the Low Tide, to walk and exercise, taking the opportunity to inspire the odor very intense “Maresia” (odor and fog), that the movement of the waves of the sea originates. […] During the walk we cross paths with flocks of Seagulls (Gulls), nests in Berlengas, making a shuttle between the archipelago and Peniche, even forming flocks with hundreds. […] Simultaneously, we also cross paths with groups of Surfers, who joined the Surf Schools to obtain training lessons, as well as many others, with more or less experience for the sport)!.
…ao terminar-mos a caminhada pelo areal, chegamos ao Molho-Leste, molho com um comprimento de 900 metros por 5 de largura, onde se pode caminhar, podendo observar-se para Norte, a marina, a Doca de Pesca, o “Museu Nacional Resistência e Liberdade” outrora, (Prisão Politica desde 28 de maio de 1926 até ao 25 de abril de 1974), de onde podemos também presenciar o movimento da saída e chegada de embarcações, umas que se dedicam à pesca, outras a passeios turísticos à Berlenga, e as instalações dos Estaleiros Navais de Peniche, estaleiros preferidos por muitos armadores, para as reparações das suas embarcações, chegando a ver-se embarcações provenientes das nossas eis colónias portuguesas de África (Angola e Moçambique), que procuram os Estaleiros Navais de Peniche. A empresa Transtejo/Soflusa, também envia embarcações da sua frota, a estes Estaleiros de Peniche para reparações, conforme se pode verificar na foto a cima, que obtive no decorrer de uma das minhas caminhadas. Do Molho Leste, podemos obter fotos espetaculares de muitas das riquezas de Peniche!.
(…When we finished the walk on the beach, we arrived at Molho-Leste, a sauce with a length of 900 meters by 5 in width, where you can walk, being able to observe to the North, the marina, the Doca de Pesca, the “ National Resistance and Freedom Museum ”, formerly, (Political Prison from May 28, 1926 to April 25, 1974), from where we can also witness the movement of the departure and arrival of boats, some dedicated to fishing, others to walks Berlenga, and the facilities of the Shipyards of Peniche, shipyards preferred by many shipowners, for the repair of their vessels, with the appearance of vessels from our Portuguese colonies in Africa (Angola and Mozambique), who are looking for Shipyards Peniche ships. The company Transtejo / Soflusa also sends vessels from its fleet to these Peniche Shipyards for repairs, as can be seen in the photo above, which I obtained during one of my hikes. From Molho Leste, we can get spectacular photos of many of Peniche’s riches) !.
…Catamarã, o barco que, em homenagem ao historiador e humanista Português “Damião de Góis” viria a ser baptizado com o seu nome, no entanto erifico que o seu nome próprio “Damião de Góis”, não coincide com o escrito no barco (Damião de Goes), não sei por que foi alterado (actualizações de ortografia? talvez). O “Damião de Góis” é uma das quarenta embarcações que fazem parte da frota da Transtejo / Soflusa, empresa de transportes fluviais a operar serviços de ferry, ligando as duas margens entre as duas margens da foz do Rio Tejo. — A 17 de Dezembro de 1975(ano com políticas somente a puxar para a esquerda, chefiado pelo primeiro ministro General Vasco Gonçalves), que, por Decreto-Lei, determinou a nacionalização e fusão, das cinco empresas que exploravam as carreiras fluviais do Tejo, criando assim a “Transtejo”. — A 11 de Novembro de 1992, é constituída por escritura pública, a “Soflusa”, com o objectivo de explorar a ligação fluvial entre Lisboa (Praça do Comercio) ao Barreiro. — Em 2001, a Transtejo que já era acionista da Soflusa, adquiriu a totalidade do capital social da Soflusa, passando esta a ser administrada pela Transtejo!.
(…Catamaran, the boat that, in honor of the Portuguese historian and humanist “Damião de Góis” was to be baptized with his name, however I would argue that his own name “Damião de Góis”, does not match the writing on the boat ( Damião de Goes), I don’t know why it was changed (spelling updates? Maybe). The “Damião de Góis” is one of the forty vessels that are part of the fleet of Transtejo / Soflusa, a fluvial transport company operating ferry services, connecting the two banks between the two banks of the mouth of the River Tagus. – On December 17, 1975 (year with policies only to the left, headed by Prime Minister General Vasco Gonçalves), which, by Decree-Law, determined the nationalization and merger of the five companies that exploited the Tagus river careers , thus creating the “Transtejo”. – On November 11, 1992, it is constituted by public deed, “Soflusa”, with the aim of exploring the fluvial connection between Lisbon (Praça do Comercio) and Barreiro. – In 2001, Transtejo, which was already a shareholder in Soflusa, acquired the entire share capital of Soflusa, which is now managed by Transtejo)!.