
…de visita a esta típica aldeia de “Moledo” do Concelho de Lourinhã, lugar que, segundo o historiador Pinho Leal refere, no seu livro Portugal Antigo e Moderno, à existência de um palácio ou paço, junto à povoação do Moledo, que teria sido primitivamente um Templo Fenício ou Cartaginês, e que sobre as suas ruínas, D. Dinis teria mandado construir um Palácio de Caça. (…) posteriormente, em Chorografia Moderna do Reino de Portugal da autoria do historiador João Maria Baptista, publicada em 1876, este Templo Fenício (ou Cartaginês) é por ele referido, como Paço de D. Ignez de Castro! (…) No livro Amor de Pedro e Inês do historiador Montalvão Machado, cita que Pedro e Inês, esquecidos nos esconderijos da Serra de El-Rei e Moledo, aí viveram durante os anos de 1346/1352, tendo três dos seus quatro filhos nascido nesta aldeia de Moledo! Associando todos estes acontecimentos citados pelos três historiadores, inerentes à Povoação de Moledo, deduz-se, que Moledo não só é uma Aldeia Típica portuguesa, como também, (de acordo com com o que os historiadores descrevem nos seus livros), seja uma aldeia históricá, em muito ligada à nossa história, á“História do nossoPortugal”!.
Moledo, Igreja do Espirito Santo
(…visiting this typical village of “Moledo” in the Municipality of Lourinhã, a place that, according to the historian Pinho Leal, in his book Portugal Antigo e Moderno, the existence of a palace or palace, next to the village of Moledo, which would have it was originally a Phoenician or Carthaginian Temple, and that on its ruins, D. Dinis would have had a hunting palace built. (…) later, in Chorografia Moderna do Reino de Portugal by the historian João Maria Baptista, published in 1876, this Phoenician Temple (or Carthaginian) is referred to by him as Paço de D. Ignez de Castro! (…) In the book Amor de Pedro e Inês by the historian Montalvão Machado, he mentions that Pedro and Inês, forgotten in the hideouts of the Serra de El-Rei and Moledo, lived there during the years 1346/1352, having three of their four children born in this village of Moledo! Associating all these events cited by the three historians, inherent to the Povoação de Moledo, it is deduced that Moledo is not only a typical Portuguese village, but also (according to what historians describe in their books), be a village historical, closely linked to our history, to the “History of our Portugal”)!.
…esta linda e histórica freguesia de “Moledo”, situada no Planalto de Cesaredas, é uma das oito freguesias do Município da Lourinhã. (…) A 30 de Maio de 2012, com a aprovação da nova Lei da Reorganização Administrativa Autárquica, foi agregada à Freguesia de São Bartolomeu dos Galegos, cuja agregação viria a criar em 2013, uma só freguesia, que se passou a denominar por, União de Freguesias de São Bartolomeu dos Galegos e Moledo.No entanto, neste artigo que estou a tentar compor o melhor possível, somente me irei debruçar sobre a povoação, que em tempos e, segundo a história, teria sido o local escolhido por Pedro e Inês, para os seus encontros amorosos,encontros que resultaram no nascimento de três dos seus quatro filhos, D. Afonso, D. João e D. Dinis, durante o período de sete anos, em que na clandestinidade, Pedro escondeu a sua amada Inês, a seu pai El Rei D. Afonso IV, cognonimado “O Carniceiro”, refiro-me à povoação de “Moledo”!.
“Paço”
Pequeno “Palco” de pedras oferecidas pelas pessoas da aldeia, constrído em colaboração com a artista Constança Clara. (Small “stage” of stones offered by the people of the village, built in collaboration with the artist Constança Clara).
(…This beautiful and historic parish of “Moledo”, located in the Planalto de Cesaredas, is one of the eight parishes in the Municipality of Lourinhã. (…) On May 30, 2012, with the approval of the new Municipal Administrative Reorganization Law, the parish of São Bartolomeu dos Galegos was added, whose aggregation would create in 2013, a single parish, which was renamed by, Union of Parishes of São Bartolomeu dos Galegos e Moledo.Nevertheless, in this article that I am trying to compose the best possible, I will only dwell on the village, Pedro and Inês, for their amorous encounters, encounters that resulted in the birth of three of their four children, D. Afonso, D. João and D. Dinis, during the seven-year period, in which Pedro hid his Beloved Inês, to her father El Rei D. Afonso IV, nicknamed “O Carniceiro”, I mean the village of “Moledo”)!.
“Inês”
“Inês” nua, autoria de Joana Alves, moldada em pedra de calcário, sentada contemplando a coroa que está afastada, réplica da que está no seu túmulo no Mosteiro de Alcobaça. (Naked “Inês”, authored by Joana Alves, molded in limestone, sitting with her hand supporting her head, contemplating the crown that is far away, a replica of the one that is in her tomb in the Monastery of Alcobaça.
…numa manhã de Agosto de 2015, com um grupo de amigos, que normalmente nos juntamos aos fins de semana para andarmos de bicicleta (BTT), percorrendo trilhos e caminhos rurais, nessa manhã de agosto decidimos ir até ao “Planalto de Cesaredas”, zona por nós muito preferida, não só pelos seus espetaculares caminhos e trilhos, mas também pelo ar puro e saudável que se respira, expelido pelos Eucaliptos, arvore predominante no Planalto. (…) optamos por fazer a escalada passando por Pena Seca, entrando num trilho que existe à nossa direita, assim que aingimos o topo do Planalto, que nos leva até à povoação de “Moledo”. Ao chegarmos a Moledo, fizemos o nosso primeiro abastecimento, no típico e agradável (Café Jorge) que, pela sua localização e arquitetura, tudo indica que tempos atrás, tivesse sido uma daquelas típicas tavernas da aldeia, tendo de seguida percorrido arruamentos, becos e vielas, daquela que foi berço dos amores ardentes e clandestinos de Pedro e Inês “Moledo”!.
(…on a morning in August 2015, with a group of friends, who usually join on weekends to ride a bike (MTB), walking trails and rural paths, that morning in August we decided to go to the “Planalto de Cesaredas”, a very preferred area for us, not only for its spectacular paths and trails, but also for the pure and healthy air that breathes with the smell of Eucalyptus, a tree predominant in the Plateau. (…) We chose to climb through Pena Seca, entering a trail on the right that takes us to the village of “Moledo”, making our first supply, in the typical and pleasant (Café Jorge) which, due to its location and architecture , everything indicates that some time ago, it had been one of those typical taverns in the village, having followed streets, alleys and alleys of the village, of the clandestine loves of Pedro and Inês “Moledo”)!.
“Juizo Final” (“Final Judgment”)
Representação figurativa de D. Pedro e da sua amada D. Inês de Castro, assentes sobre dois blocos de pedra da região, de Francisco Cid. (Figurative representation of D. Pedro and his beloved D. Inês de Castro, based on two blocks of stone from the region, by Francisco Cid.
…”Juízo Final” de Francisco Cid, representação figurativa de D. Pedro e D. Inês, assentes sobre dois blocos de pedra da região, foi o primeiro monumento com que nos deparamos parando para o contemplar, tirando algumas fotos. (…) Continuando a nossa visita, deparamo-nos com o monumento aos combatentes do ultramar, que, sem desvalorizar o que já havíamos visto, nem a história que envolve os amores ardentes de Pedro e Inês, me tocou, fazendo-me lembrar da minha passagem por Terras de Moçambique (4 de janeiro de 1969 a 31 de Maio de 1971). (…) monumento erigido em 2015, numa parceria que já vinha de pelo menos 2010, que envolveu a Junta de Freguesia de Moledo, até ao ano de 2013, (hoje União das Freguesias de São Bartolomeu dos Galegos e do Moledo), e a Câmara Municipal da Lourinhã, em homenagem aos seus filhos, que serviram Portugal nas então províncias de além mar, designadamente em Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde e, nos territórios na India (Goa, Damão e Diu), durante a guerra colonial, no período de 1961-1974, partindo da freguesia de Moledo 66 dos seus filhos que, felizmente regressaram todos depois de terminadas as suas comissões!.
(…“Juízo Final” by Francisco Cid, a figurative representation of D. Pedro and D. Inês, based on two stone blocks in the region, was the first monument we came across, stopping to contemplate it, taking some pictures. (…) Continuing our visit, we came across the monument to the combatants from overseas, who, without devaluing what we had already seen, nor the story surrounding the burning loves of Pedro and Inês, touched me, reminding me of the my passage through Lands of Mozambique (January 4, 1969 to May 31, 1971). (…) Monument erected in 2015, in a partnership that had been going back at least 2010, which involved the Parish Council of Moledo, until 2013, (today the Union of Parishes of São Bartolomeu dos Galegos and Moledo), and Lourinhã City Hall, in honor of their children, who served Portugal in the then overseas provinces, namely in Angola, Mozambique, Guinea, Cape Verde and, in the territories in India (Goa, Damão and Diu), during the colonial war, in the period 1961-1974, leaving the parish of Moledo 66 of his children, who, fortunately, all returned after finishing their commissions)!.
…a histórica povoação de “Moledo”, está associada à “Lenda de Pedro e Inês”, a mais bela história de amor de Portugal. (…) a freguesia de Moledo, com o apoio da Câmara Municipal da Lourinhã e, em parceria com a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, desenvolveram há alguns anos, um projecto de arte pública, que acabaria por resultar na construção de uma “Rota de Escultura publica”, com um total de 16 peças da Mostra de Arte Pública, todas elas alusivas à paixão ardente de D. Pedro e D. Inês de Castro”!.
(…The historic village of “Moledo”, is associated with the “Legend of Pedro and Inês”, the most beautiful love story in Portugal. (…) The parish of Moledo, with the support of the Lourinhã City Council and, in partnership with the Faculty of Fine Arts of the University of Lisbon, developed a public art project a few years ago, which would eventually result in the construction of a “Rota de Escultura publica”, with a total of 16 pieces from the Public Art Exhibition, all of them allusive to the burning passion of D. Pedro and D. Inês de Castro”)!.
Pimenta Pedro, Outubro de 2020